Com recorde de assinaturas, a oposição protocolou um pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT) por conta das falas em que o petista ataca Israel. No requerimento de autoria da deputada Carla Zambelli (PL-SP), os parlamentares afirmam que o petista teria cometido crime de responsabilidade, como descrito no Artigo 5º da Lei 1.079/50.
Ao conversar com a Gazeta do Povo, nesta sexta-feira (23), a deputada disse que, ao todo, o requerimento reunirá 144 assinaturas.
Apesar de o pedido ter sido protocolado na noite da quinta-feira (22) com 139 nomes, a parlamentar disse que fará um aditamento para a inclusão de mais cinco parlamentares na segunda-feira (26).
A título de comparação, o pedido para abertura de um processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi protocolado com 124 assinaturas, em 2016.
O requerimento de Zambelli também é o que mais reúne assinaturas entre os pedidos já articulados pela oposição contra o presidente Lula.
“Atenção! Acabamos de protocolar o impeachment de Lula. O impeachment é mais do que um ato, é um eco ensurdecedor da vontade do povo, uma fronteira onde o país se levanta em uma só voz. Enquanto Lula persiste em desmantelar nossa nação, nós resistimos com uma determinação inabalável. Nenhum desafio nos deterá. Pelo Brasil, pela justiça, pela nossa história”, escreveu a deputada na rede social X, nesta quinta-feira (23).
No mesmo dia, em entrevista ao programa Braddock Show, a deputada revelou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tratou do assunto “com uma energia boa”, motivo pelo qual a teria deixado com boas expectativas sobre a tramitação do pedido.
Zambelli ainda lembrou que o pedido de impeachment contra Dilma demorou um ano para ser protocolado.
Esta semana, um dia depois de dar início à coleta de assinaturas para o pedido, Zambelli recebeu a visita de uma oficial de justiça no Plenário da Câmara com uma intimação para que a deputada apresente defesa no caso relatado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
O inquérito é referente ao episódio ocorrido na véspera do segundo turno das eleições, no ano passado, quando a parlamentar, após defender-se de agressões, perseguiu um apoiador do presidente Lula (PT) pelas ruas de um bairro nobre de São Paulo com uma arma em punho.
Na terça-feira (20), dia em que começou a movimentação pelo impeachment, Zambelli foi multada pelo Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em R$ 30 mil por supostamente ter divulgado notícias falsas sobre o aplicativo e-Título no período eleitoral de 2022.
A parlamentar também tem pedido aos seus seguidores para endossar o pedido através da assinatura digital no site de petições change.org. Até o momento, o abaixo-assinado no site conta com mais de 312,6 mil assinaturas.
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