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Pazuello cumprimenta um dos participantes da reunião em que a compra da Coronavac com intermediária teria sido negociada
Pazuello cumprimenta um dos participantes da reunião em que a compra da Coronavac com intermediária teria sido negociada.| Foto: Reprodução

Em uma nota de esclarecimento divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello nega ter negociado 30 milhões de doses da vacina Coronavac por meio de uma empresa intermediária.

A informação foi divulgada na sexta-feira (16) pelo jornal Folha de S.Paulo, que informou que a companhia catarinense World Brands teria cobrado do Ministério da Saúde US$ 28 por dose do imunizante. No contrato com o Instituto Butantan, que produz o imunizante no Brasil, a dose é vendida por US$ 10.

Em uma notificação extrajudicial enviada ao jornal com pedido de direito de resposta, Pazuello diz que “em momento algum” negociou aquisição de vacinas com empresários, “fato que já foi reiteradamente informado na CPI da Pandemia e em outras instâncias judicantes”. Segundo ele, a reunião com representantes da World Brands ocorreu após pedido formal endereçado pela empresa ao Ministério da Saúde.

“Diante da importância da temática, determinei à Secretaria Executiva do Ministério da Saúde que fizesse uma pré-sondagem acerca da proposta a ser ofertada”, afirma o ex-ministro. “Uma equipe do Ministério da Saúde os atendeu e este então ministro de Estado – que detém o papel de representar o Ministério da Saúde – foi até a sala unicamente para cumprimentar os representantes da empresa, após o término da reunião”, prossegue.

Um vídeo obtido pela CPI da Covid e divulgado pela Folha mostra Pazuello ao lado de representantes da World Brands. “Uma comitiva veio tratar da possibilidade de nós comprarmos 30 milhões de doses, numa compra direta com o governo chinês”, diz o ex-ministro na gravação. “Mas saímos daqui hoje já com memorando de entendimento assinado e com o compromisso do ministério de celebrar, no mais curto prazo, o contrato.”

Na nota enviada ao jornal, o general diz que a gravação foi feita por sugestão da assessoria de comunicação social da pasta, “para posterior publicização dos atos e fatos da administração pública, conforme o art. 37, caput, da Carta da República”.

“Após a gravação, os empresários se despediram e, ato contínuo, fui informado que a proposta era completamente inidônea e não fidedigna. Imediatamente, determinei que não fosse elaborado o citado memorando de entendimentos, assim como não fosse divulgado o vídeo realizado”, diz.

A Folha informou que negará o direito de resposta pedido por Pazuello. Segundo o veículo, o ex-ministro foi procurado por mensagem de celular na terça-feira (13) e recebeu o vídeo da reunião e um pedido de manifestação, mas não respondeu antes da publicação da reportagem, na sexta. De acordo com a Secom, pedidos semelhantes também serão encaminhados à CNN Brasil e ao jornal O Globo.

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