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Mais da metade dos brasileiros entrevistados pela mais recente pesquisa política do Ipespe, divulgada na quinta (27), vê com pessimismo o futuro resultado do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o levantamento, 66% acreditam que ele será condenado, enquanto 29% veem a possibilidade de ser inocentado. Outros 5% não souberam responder.
O Ipespe ouviu 2,5 mil pessoas entre os dias 20 a 25 de março em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com grau de confiança de 95,45%.
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O pessimismo com a situação de Bolsonaro se estende também sobre a reversão da inelegibilidade até as eleições presidenciais de 2026:
- Não será candidato: 58%;
- Será candidato: 40%;
- Não soube responder: 2%.
Entre os mais pessimistas com a situação de Bolsonaro estão os homens (68%), na faixa dos 16 aos 24 anos (72%), com ensino superior (71%) e renda familiar de mais de 5 salários mínimos (74%). Eles estão principalmente nas regiões Sudeste (70%), Nordeste e Centro-Oeste (69% cada), além do Sul (61%) e Norte (59%).
Na última quarta (26), Bolsonaro e mais sete aliados se tornaram réus por unanimidade pela Primeira Turma do STF pela suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e que culminou com os atos de 8 de janeiro de 2023.
Bolsonaro é acusado de supostamente liderar a organização do plano, junto dos ex-ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Anderson Torres (Justiça).
Também foram denunciados o almirante Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha); o atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro; e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, cuja delação premiada embasou a investigação sobre o caso.
As defesas negaram a participação dos acusados, pediram a nulidade da delação de Cid e solicitaram que a análise fosse levada ao plenário da Corte. Todos os requerimentos foram negados pelos ministros da Primeira Turma.








