A Polícia Federal descobriu que uma célula da facção criminosa PCC estava planejando realizar ataques contra autoridades em Brasília, de acordo com as primeiras informações apuradas no âmbito da Operação Irrestrita, desencadeada na manhã desta quinta (14).
O envolvimento da facção paulista foi apurado pela Folha de São Paulo e teria ligação com o grupo descoberto em março deste ano que planejava sequestrar o senador Sergio Moro (União-PR) durante o segundo turno da eleição presidencial de 2022.
De acordo com a PF, o objetivo da operação é “desmantelar célula de uma organização criminosa voltada para a prática de homicídios contra rivais e terceiros, bem como compra e venda de armas de fogo ilegais”.
Ao todo, são cumpridos três mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão em São Paulo. Cerca de 150 agentes com o apoio da Polícia Militar participam da ação.
A Polícia Federal manteve restritas as informações ao que foi divulgado oficialmente. Segundo imagens divulgadas pela autoridade, armas e munições foram apreendidas.
A apuração aponta que a célula alvo da operação desta quinta (14) é a mesma que pesquisou endereços dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O grupo chegou a fazer um treinamento com a guerrilha paraguaia para atentar contra autoridades.
Documentos a que a apuração teve acesso apontam que a célula tinha como objetivo uma “missão em Brasília”, indicando um gasto mensal de R$ 2,5 mil em aluguel na capital federal. O dinheiro para essa operação, segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), era fornecido pela célula FM Baixada, responsável pelos pontos de venda de drogas no litoral paulista e Vale do Paraíba.
A operação desta quinta (14) envolve não apenas a investigação desses planos, mas também outros focos, como o flagrante por porte ilegal de arma de Eduardo Marcos da Silva, supostamente ligado ao grupo próximo de Marcola, líder do PCC.
Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, anteriormente responsável pela célula Restrita, foi apontado como o autor do plano contra Moro. Mesmo preso, Nefo teria acionado membros para a “missão em Brasília”.
O relatório do MP-SP atrela a Nefo o acesso a informações sobre o funcionamento da célula Restrita, criada para atuar em situações de alto sigilo e risco, recebendo ordens de líderes do PCC nas penitenciárias federais.
As ações dessa célula são caracterizadas como “extremamente graves e de grande repercussão nacional”, frequentemente envolvendo atentados contra autoridades e servidores graduados dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do país.
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