A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (27) o hacker Walter Delgatti Neto em São Paulo. Em 2019 o hacker, conhecido como "Vermelho", foi responsável por divulgar mensagens de autoridades no episódio que ficou conhecido como “vaza jato”. Entre as autoridades que tiveram o Telegram invadido, estavam o ex-procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro.
Segundo os investigadores, Delgatti descumpriu medidas cautelares determinadas pela Justiça, informou o jornal O Globo. A PF apontou que, mesmo proibido, ele teria utilizado a internet para criar um e-mail, ligado a uma conta bancária destinada a angariar doações via Pix.
Além disso, Delgatti não teria sido encontrado pela PF nos dois endereços que forneceu à Justiça, em Araraquara e Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Em 2019, o hacker chegou a ser preso no âmbito da Operação Spoofing, mas esperava em liberdade o julgamento na Justiça Federal do Distrito Federal.
O Ministério Público Federal (MPF) considerou que "está claro que Walter Delgatti Neto, além de não ter interrompido o seu acesso à internet, deixou propositalmente de atualizar seu endereço perante a Justiça Federal". Para o MPF, a forma como Delgatti agiu "evidentemente demonstra o intuito de se ocultar de eventual decisão judicial".
Os advogados Ariovaldo Moreira e Matheus Henrique Moreira, responsáveis pela defesa de Delgatti, disseram ao Globo que ele "manteve postura colaborativa no momento da ação policial, admitiu que acessou a internet por necessidade, pois para ele se trata de um instrumento de trabalho".
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