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Senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura na gestão de Jair Bolsonaro, é o principal nome cogitado pelo partido para disputar a presidência em 2026
Senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura na gestão de Jair Bolsonaro, é o principal nome cogitado pelo partido para disputar a presidência em 2026| Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Em reunião da Executiva Nacional do PP realizada em Brasília na noite desta terça-feira (19), dirigentes do partido reafirmaram sua “independência” em relação ao governo Lula. Os correligionários, que se reuniram para tratar do planejamento do partido para os próximos anos, concordaram que o PP deve ter candidatura própria nas eleições presidenciais de 2026. E o nome escolhido pelos dirigentes, ao menos até o momento, é o da senadora Tereza Cristina (MS), ex-ministra da Agricultura na gestão de Jair Bolsonaro.

Ao ser questionada nesta terça sobre as possibilidades de disputar a Presidência da República em 2026, a senadora disse que somente após as eleições municipais de 2024 ficarão mais claros quais nomes tenderão a entrar na disputa.

“Primeiro tem que passar por 2024. Temos que ter resultados, a direita tem que estar unida no Brasil todo. E depois dessa eleição alguns nomes vão surgir. Ter coragem eu tenho, mas eu não sou candidata de mim mesma, assim como os outros também não serão. Temos que olhar 2026, mas pensando primeiro em 2024”, afirmou a senadora à Jovem Pan.

O PP, que integra o Centrão, é uma das legendas que, junto com o Republicanos, apoiou a candidatura de Bolsonaro à reeleição em 2022. No entanto, vários dos seus representantes têm se aproximado do governo Lula, em especial após o deputado federal André Fufuca (PP-MA), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ter assumido o comando do Ministério do Esporte na semana passada. Parte da bancada tem definido a relação com o governo como “oposição responsável”.

Apesar disso, o presidente da legenda tem feito declarações fortes reforçando que o PP não faz parte do governo e que não aprovou a ida de Fufuca para a pasta do Esporte.

“O PP não está no governo. Nós temos que respeitar a decisão de um deputado que resolveu assumir um ministério. Mas foi uma decisão pessoal. Nós, como partido, nos mantemos em total oposição a este governo. É um governo que não estivemos com eles nas eleições, não temos sinergia, não temos identificação”, disse Ciro Nogueira (PP-PI) à CNN na tarde desta quarta.

Nomes da direita para 2026

Como mostrado pela Gazeta do Povo, os presidentes dos partidos que apoiaram a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro – PL, PP e Republicanos – estão trabalhando juntos nos bastidores para fixar uma mínima coordenação entre os pré-candidatos da direita à Presidência da República. Ao mesmo tempo, tentam atuar na perspectiva de unidade nas eleições de 2026. Essa movimentação está sendo observada de perto pelo PSD, enquanto União Brasil, PSDB e Podemos mantêm distância neste momento.

Os três caciques partidários envolvidos no ordenamento rumo à desejada candidatura unificada ao Planalto – Valdemar Costa Neto (PL), Ciro Nogueira (PP) e Marcos Pereira (Republicanos) – já estão reforçando a defesa de uma agenda conservadora nos costumes e liberal na economia como o ponto de partida da plataforma comum. Além disso, eles administram a influência de Bolsonaro, tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), agora no estratégico papel de apoiador.

Nesse pacto, a "fila" de pré-candidatos montada pelo trio tem a seguinte ordem preliminar: os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR) e a senadora Tereza Cristina (PP-MS), sem qualquer chance no momento para se considerar outros nomes.

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