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Lula Portugal
Presidente Lula vai discursar no Parlamento de Portugal no dia 25 de abril sob críticas de partidos de direita| Foto: Andre Borges/EFE

O presidente de Portugal, o conservador Marcelo Rebelo de Sousa, criticou nesta quinta-feira (16) a direita portuguesa por se opor à participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sessão parlamentar no dia 25 de abril.

"Como foi possível abrir um debate sobre a presença de um representante de um povo e de um Estado que foi precursor, pioneiro nas fases de descolonização portuguesa em 25 de abril, como se isso não fosse uma realidade óbvia, tão natural como respirar?" questionou o chefe de Estado ao ser questionado pela imprensa.

"Há algo de estranho quando apenas um hemisfério da vida política portuguesa considera natural", acrescentou Rebelo de Sousa, que afirmou não compreender "as reticências" entre os partidos de direita, entre eles o Partido Social Democrata (PSD, centro-direita), do qual foi líder.

Lula falará no Parlamento durante a sua visita a Portugal, mas não na sessão dedicada ao 49º aniversário do dia 25 de abril (comemorativo da Revolução dos Cravos), após a controvérsia gerada pelo convite feito pelo governo socialista (que tem maioria absoluta) para esta data, sem ter discutido com os deputados.

O presidente do Parlamento português, Augusto Santos Silva, anunciou então a realização de uma "sessão solene de boas-vindas" a Lula, iniciativa que gerou um "consenso muito grande" entre os partidos.

Embora a esquerda tenha se mostrado a favor, a direita criticou o convite. O PSD assumiu uma posição contrária à participação do presidente brasileiro nas comemorações parlamentares de 25 de abril, enquanto a Iniciativa Liberal ameaçou abandonar a câmara durante o discurso.

Alguns partidos de direita consideraram o convite uma "ofensa" e uma "provocação gratuita", e advertiram que planejam organizar uma manifestação às portas do Parlamento contra a presença de Lula, seja qual for o dia do discurso.

Lula fará uma visita de Estado a Portugal entre 22 e 25 de abril para participar na cúpula luso-brasileira, que ocorreu pela última vez em 2016 e não foi retomada durante a presidência de Jair Bolsonaro (PL).

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