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Brasília –  Portão principal do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Ministério da Justiça enviou força-tarefa após massacre em presídios em Manaus| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O número de detentos encontrados mortos em celas de presídios de Manaus, no Amazonas, subiu para 55 nesta segunda-feira (27). As mortes ocorrem um dia depois que 15 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) foram assassinados. Uma força-tarefa comandada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, de Sérgio Moro, foi enviada à capital amazonense.

De acordo com a secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap), as mortes ocorreram por enforcamento e foram registradas no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM I).

Agentes do Grupo de Intervenção Prisional (GIP) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar revistaram celas nesta segunda-feira e realizaram a recontagem dos presos. Um inquérito será aberto para investigar os homicídios.

O motim começou durante o horário de visita de familiares e foi motivado por conflitos entre diferentes organizações criminosas.

Força-tarefa de intervenção penitenciária

Após a confirmação das 40 mortes, o Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou o envio de força-tarefa de intervenção penitenciária para o presídio Anísio Jobim, onde 15 homens foram mortos.

Em nota, a pasta comandada por Sergio Moro informou que o efetivo foi solicitado pelo governo do Amazonas, chefiado por Wilson Lima (PSC).

Criada em 2017, a força-tarefa de intervenção penitenciária é formada por agentes federais de execução penal e fornece apoio "em situações extraordinárias de crise no sistema penitenciário para controlar distúrbios e resolver outros problemas."

Desde 2017 a Força Nacional de Segurança Pública faz a segurança externa do complexo e que a corporação continuará atuando no local.

Mortes em presídios de Manaus

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Amazonas, os detentos morreram asfixiados ou golpeados com "estoques", armas brancas artesanais improvisada durante uma "briga interna".

O mesmo complexo foi palco de uma das maiores chacinas ocorridas em presídios brasileiros: em janeiro de 2017, uma briga entre facções rivais, seguida de um motim que durou 17 horas, deixou 59 mortos.

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