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Major aposentado Polícia Militar do DF, Cláudio Mendes dos Santos, um dos líderes dos atos no QG, em depoimento à CPI do 8/1 no DF.
Major aposentado Polícia Militar do DF, Cláudio Mendes dos Santos, um dos líderes dos atos no QG, em depoimento à CPI do 8/1 no DF.| Foto: Rinaldo Morelli/Agência CLDF

O major aposentado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Cláudio Mendes dos Santos, apontado como um dos líderes do acampamento no QG do Exército em Brasília, pediu nesta quinta-feira (9) "misericórdia" ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro Alexandre de Moraes. Ele prestou depoimento na CPI que investiga os atos do dia 8 de janeiro, na Câmara Legislativa do DF.

“O país precisa de Jesus e amor. Peço ao presidente Lula, inclusive votei nele, que tenha misericórdia. Sei que ele não é uma pessoa má. Peço ao Alexandre de Moraes que olhe com carinho. […] Todo dia a gente ora no presídio por Alexandre de Moraes e pelo Lula”, declarou.

Santos foi apontado como o pastor que realizava cultos no QG do Exército, e é investigado por ensinar guerrilha aos manifestantes. Ele foi preso na 9ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, em 23 de março. No processo contra o major aposentado, consta os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

No depoimento à CPI, Santos negou diversas alegações atribuídas à sua participação nos eventos. Sobre os vídeos em que aparece pedindo doações via PIX e que foram mostrados na CPI, ele confirmou que fez os pedidos, mas informou que nenhum dos valores entrou em sua conta e que desconhece quem recebia as doações.

O major aposentado também negou ter sido liderança dos atos no QG, minimizando e dizendo que apenas rezava no local, por ser pastor. “Pessoas foram curadas ali, isso é espiritual, curadas de doenças”, afirmou.

A CPI se reúne novamente na próxima quinta-feira (16) para sua última oitiva, com depoimento do Coronel Reginaldo Leitão. Por ser chefe do Centro de Inteligência da PMDF, ele entrou no radar da CPI após os distritais descobrirem que ele integrava um grupo de WhatsApp onde circulavam informações sobre os atos de 8 de janeiro.

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