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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmando que ele não tem um plano claro de desenvolvimento para o país, e que faltam gestores para conduzir programas importantes do governo.
Apesar das críticas, o senador afirmou que a possível candidatura à reeleição será “muito difícil” de ser derrotada, mas que o governo precisa enfrentar as dificuldades que vem enfrentando.
“A avaliação do presidente tende a melhorar, e ainda dá para fazer muita coisa até a eleição. Será muito difícil derrotar o presidente Lula”, disse nesta quarta (23) em um evento empresarial registrado pela Folha de S. Paulo.
Renan Calheiros emendou afirmando que essa vantagem de Lula se dá principalmente pela dificuldade da direita de se unificar em torno de um único nome. E este, diz, não deve ser o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), apontado como um forte herdeiro do capital político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Entendo que o governador não irá para uma aventura eleitoral. Se houver qualquer possibilidade de ele não se eleger [presidente], vai preferir ser candidato à reeleição no estado”, pontuou.
Ainda durante o evento, Calheiros afirmou que Lula está perdendo tempo ao não cobrar a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, para destravar processos de licenciamento ambiental que estariam travando investimentos no país.
Para ele, a nomeação da antiga aliada foi um dos maiores erros deste terceiro mandato, classificando como um retrocesso no desenvolvimento do país.
“É tempo perdido ficar esperando por solução da ministra Marina. Isso não será recuperado no futuro. O Congresso pode ajudar. Apresentamos ao presidente Lula uma solução, que é o presidente do Senado designar um relator para sistematizar as matérias que estão em tramitação, para que se faça o licenciamento, que leve em conta a necessidade desses investimentos”, completou.
Lula vem segurando o anúncio oficial de que deve disputar a reeleição no ano que vem a um quarto mandato, embora o PT e aliados confirmem que não há outro nome viável no partido neste momento.
O próprio presidente constantemente desconversa sobre isso quando é questionado, afirmando que trabalha neste momento para entregar as promessas de campanha e os projetos que já foram definidos nos dois primeiros anos deste mandato.
