O empresário e ex-jogador de futebol Ronaldo de Assis Moreira, o Ronaldinho Gaúcho, negou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras que seja sócio da empresa 18k Ronaldinho Comércio e Participações Ltda. A empresa é investigada por fraudes com investimentos em criptomoedas.
"Eu nunca fui sócio da empresa 18k Ronaldinho Comércio e Participações Ltda. Os sócios de tal empresa são os senhores Raphael Horácio Nunes de Oliveira e Marcelo Lara Marcelino. Eles utilizaram indevidamente meu nome para criar a razão social dessa empresa", afirmou o ex-jogador em depoimento nesta quinta-feira (31). "Inclusive, já fui ouvido pelo Ministério Público de São Paulo e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro na condição de testemunha", acrescentou.
Ele ressaltou que jamais autorizou o uso de seu nome e imagem e foi vítima dos sócios da empresa. "Na verdade, eu fui vítima dos senhores Rafael e Marcelo, ora investigados pelo Ministério Público e pela polícia. Eles utilizaram minha imagem captada para promoção de relógios indevidamente. Eu vi o senhor Marcelo Lara duas ou três vezes. O senhor Rafael eu sequer recordo de ter conhecido", afirmou.
Ronaldinho fez uma declaração inicial e respondeu a perguntas dos parlamentares. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu que pudesse ficar em silêncio em questões que pudessem incriminá-lo. Ele já tinha faltado em outras duas sessões da CPI que investiga esquemas de pirâmides financeiras com o uso de criptomoedas. O ex-jogador justificou as ausências dizendo que não recebeu as intimações.
Segundo Ronaldinho, em 2020 chegou ao conhecimento do seu irmão, Roberto de Assis Moreira, que a sua imagem estava sendo usada, indevidamente, pela empresa, que fazia compra e venda de moedas bitcoins, informou a Agência Câmara. "Nunca foi autorizado que essa empresa utilizasse meu nome e minha imagem", reiterou.
O depoimento do ex-jogador foi solicitado pelo relator da CPI, deputado Ricardo Silva (PSD-SP). O relator lembrou que o site da 18k Ronaldinho, em 2019, anunciava trabalhar com criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, baseados em operações com moedas digitais. Em outubro de 2019, a empresa foi apontada pelo Ministério Público Federal (MPF) como pirâmide financeira. Na ocasião, Ronaldinho Gaúcho também afirmou que teve sua imagem usada indevidamente em campanhas publicitárias e que também teria sido lesado.
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