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Processo do golpe

Saída da família de Cid do Brasil motivou pedido de prisão de Gilson Machado

Mauro Cid
Pais, esposa e filha de Cid deixaram o país no final de maio. Há a suspeita de que ele também poderia sair do país com a ajuda de Machado. (Foto: André Borges/EFE)

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A prisão do ex-ministro Gilson Machado na manhã desta sexta (13) em Recife, pela Polícia Federal, foi motivada pela saída do Brasil da família do tenente-coronel Mauro Cid, delator do suposto plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. De acordo com o pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e aceito pelo ministro Alexandre de Moraes, quatro familiares do militar deixaram o país no final do mês de maio.

Segundo a investigação, o pai e a mãe de Cid, Agnes e Mauro Lourena Cid, a esposa Gabriela Ribeiro Cid e uma das filhas, Isabela Cid, viajaram para Los Angeles, nos Estados Unidos, no dia 30 de maio. Eles, no entanto, não são alvos de medidas cautelares como as impostas por Moraes ao tenente-coronel, como a proibição de viajar e a entrega do passaporte.

A PGR alega que o ex-ministro do Turismo do governo de Jair Bolsonaro (PL) teria intermediado um contato com o consulado de Portugal no Recife para emitir um passaporte do país europeu a Mauro Cid. Ele, no entanto, negou qualquer envolvimento e disse que não tem contato com o militar desde pouco depois das eleições de 2022.

“A informação reforça a hipótese criminal já delineada pela Procuradoria-Geral da República e evidencia a forte possibilidade de que GILSON MACHADO GUIMARÃES NETO e MAURO CÉSAR BARBOSA CID estejam buscando alternativas para viabilizar a saída de MAURO CID do país, furtando-se à aplicação da lei penal”, disse o procurador-geral da República, Paulo Gonet, no pedido de prisão enviado a Moraes.

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Além dos pais, esposa e da filha mais velha, a mais nova de Mauro Cid, Giovanna Ribeiro, também poderia deixar o país nos próximos dias. O nome dela consta no localizador da passagem dos demais familiares, no entanto ela não embarcou e não consta nos registros migratórios brasileiros.

Cid também foi alvo de um mandado de prisão preventiva por Moraes, mas o próprio ministro revogou em meio ao cumprimento da medida após o advogado, Cezar Bittencourt, negar que houve qualquer tentativa de fuga e que tem colaborado com as investigações. O pedido foi alterado para um novo depoimento à Polícia Federal no final da manhã e que durou mais de duas horas – o conteúdo, no entanto, não foi divulgado.

Além dos mandados de prisão, Machado e Cid foram alvos de busca e apreensão como “documentos, anotações, registros, mídias, aparelhos eletrônicos e demais dispositivos de armazenamento de dados que estejam em sua posse” e quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático.

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