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Gleide Andrade
A conselheira de Itaipu e Secretária Nacional de Planejamento e Finanças do PT, Gleide Andrade.| Foto: Divulgação/Site oficial do PT.

A conselheira de Itaipu e secretária nacional de planejamento e finanças do PT, Gleide Andrade, pediu desculpas pela postagem antissemita que chamou Israel de “assassino” e que “não merece ser um estado”, publicada no final de semana nas redes sociais. A militante, no entanto, apagou as mensagens críticas a Israel pelo contra-ataque aos atentados terroristas do Hamas provocados no último dia 7.

Gleide disse, nesta terça (24), que respeita e se solidariza com a comunidade israelita pelos ataques do grupo terrorista, e disse não ser antissemita. Ela ressaltou, ainda, que a opinião foi de caráter pessoal e que as posições oficiais do PT e do governo brasileiro são públicas e merecem seu respeito.

“Diante da repercussão de opiniões pessoais sobre o conflito entre Israel e o Hamas que externei em redes sociais, venho me desculpar com a comunidade israelita, que merece respeito e solidariedade pelo ataque inaceitável do último dia 7”, disse em uma sequência de postagens nas redes sociais (veja aqui).

A militante petista disse ainda que se manifestou nas redes sociais sobre o “impacto do sofrimento e das mortes de crianças inocentes, algo chocante para todo ser humano”, em relação à postagem de uma imagem de uma criança supostamente palestina na área do conflito.

Gleide Andrade afirmou, ainda, que defende um cessar-fogo, a libertação dos reféns e a “construção de uma saída pacífica para o conflito”. E disse, ainda, que apoia a posição do PT e do governo pelo direito da coexistência dos estados de Israel e Palestina – o que havia sido criticado por ela inicialmente.

“O estado de Israel é uma vergonha para a humanidade, quem mata criança não merece respeito, não merece ser um estado. Não sei o que é pior, a carnificina que fazem com as crianças palestinas ou anuência abjeta dos EUA”, disse na postagem no final de semana.

Em nota, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) manifestou “seu profundo repúdio e desgosto pelas manifestações” de Gleide Andrade. A entidade considerou as declarações antissemitas. “Foi uma fala antissemita, que não deve ter lugar no Brasil. Não se pode tolerar esse tipo de discurso, ainda mais vindo de pessoa em tão alta posição oficial”, diz o comunicado.

“Causa espanto também não haver em sua fala menção alguma ao pior ataque contra os judeus desde o Holocausto, executado pelo grupo terrorista Hamas, que resultou na morte de 1.400 pessoas, estupros em massa de mulheres indefesas, morte de dezenas de crianças e bebês, e o sequestro de mais de 200 pessoas, de mais de 20 nacionalidades”, afirmou a Conib.

Gleide Andrade foi indicada para o cargo na estatal pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com salário de R$ 37 mil por mês, mais benefícios, em junho deste ano, informou a coluna Painel, da Folha de São Paulo. Ela afirmou que as postagens que fez foram em defesa da vida.

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