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A Comissão de Segurança Pública (CSP) aprovou nesta terça-feira (22) um projeto de lei que dá prioridade na restituição do Imposto de Renda aos profissionais da segurança pública. A proposta, de autoria do senador Jayme Campos (União-MT), agora segue para análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de ser encaminhada à Câmara dos Deputados.
O texto do PL 458/2024 recebeu parecer favorável do relator senador Sergio Moro (União-PR), que destacou a medida como um reconhecimento necessário a quem arrisca a vida diariamente no combate à violência.
“Trata-se de uma justa medida de reconhecimento desses profissionais, que se sacrificam para salvar vidas no enfrentamento à criminalidade. Há muito discurso, às vezes medalhas, mas pouco em termos de benefícios legais para a categoria”, afirmou Moro.
Atualmente, a restituição do Imposto de Renda é feita com prioridade para idosos, seguida por professores cuja maior fonte de renda vem da atividade docente. O projeto insere os profissionais da segurança pública como terceira prioridade na fila da restituição, por meio de uma alteração na Lei 9.250, de 1995.
Quem será beneficiado
O projeto contempla um amplo conjunto de categorias ligadas à segurança pública, entre elas:
- Polícia Federal
- Polícia Rodoviária Federal
- Polícia Ferroviária Federal (quando for instituída)
- Polícias Civis e Militares
- Corpos de Bombeiros Militares
- Guardas Municipais
- Órgãos do sistema penitenciário
- Peritos criminais, médicos legistas e técnicos de identificação
- Agentes socioeducativos
- Agentes de trânsito
- Guarda Portuária
- Polícia Legislativa
- Servidores da Senasp, Sedec e Senad
O relator Sergio Moro incluiu esse detalhamento no texto, acolhendo parcialmente uma sugestão do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
Valorização e bem-estar
Na justificativa da proposta, Jayme Campos citou a Pesquisa Nacional sobre a Valorização do Profissional de Segurança Pública, realizada em 2022 pela Universidade de Brasília (UnB), que apontou baixos índices de satisfação e realização profissional entre esses servidores.
Segundo Campos, a medida pode contribuir para aumentar o bem-estar e a valorização desses profissionais, que somam cerca de 800 mil em todo o país.
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