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Inquérito do golpe

STF nega novo recurso de Braga Netto para deixar prisão

Walter Braga Netto
Defesa do general pedia liberação da prisão preventiva cumprida desde dezembro por suspeita de interferência nas investigações. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, nesta sexta (14), negar um novo recurso da defesa do general Walter Braga Netto para deixar a prisão preventiva que cumpre desde dezembro do ano passado.

O julgamento é realizado no plenário virtual da Primeira Turma desde o último dia 7 e teve o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, seguido por Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin, que preside o colegiado.

“A Polícia Federal demonstrou a presença dos requisitos necessários e suficientes para a decretação da prisão preventiva do investigado como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal”, escreveu Moraes.

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Ele emendou afirmando que “a periculosidade do agente apontado como integrante de articulado grupo criminoso, a gravidade concreta dos delitos supostamente perpetrados, a lesividade das condutas e a necessidade de interromper a atuação de organização criminosa e o risco concreto de reiteração delitiva justificam a decretação da custódia cautelar para a garantia da ordem pública”.

“Nesse contexto, não há reparo a fazer no entendimento aplicado. Diante do exposto, nego provimento ao Agravo Regimental”, completou.

Moraes escreveu, ainda, que a defesa de Braga Netto não apresentou “qualquer argumento minimamente apto a desconstituir os fundamentos da decisão que decretou a prisão preventiva”, e apontou ainda que os desdobramentos da investigação “revelaram a gravíssima participação” do militar na suposta tentativa de golpe de Estado.

Braga Netto está preso desde o dia 14 de dezembro por suspeita de interferir nas investigações e ao que a Polícia Federal classificou como “evitar reiteração das ações ilícitas”. Ele foi detido no Rio de Janeiro com o apoio do Exército e encaminhado para uma unidade militar, onde segue abrigado.

“Atuou, dolosamente, para impedir a total elucidação dos dados fornecidos pelo colaborador Mauro Cid em sua colaboração premiada ‘“com o objetivo de controlar as informações fornecidas, alterar a realidade dos fatos apurados, além de consolidar o alinhamento de versões entre os investigados’”, frisa o ministro.

O militar teve o julgamento de recebimento da denúncia marcado por Zanin para o próximo dia 25, junto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais seis pessoas. Eles serão julgados também pela Primeira Turma em três sessões: duas no mesmo dia e a terceira no dia 26.

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