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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira (24) que tem “tranquilidade absoluta” ao defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-ministro da Infraestrutura declarou lealdade a Bolsonaro na véspera do julgamento da denúncia por suposta tentativa de golpe pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Tarcísio relatou que aceitou ser testemunha de defesa do ex-mandatário, pois “sempre” será grato.
“Quando que eu seria ministro de estado? Nunca. Isso nunca passou pela minha cabeça, porque antigamente um ministro de Estado tinha que ser vinculado a um partido político ou o ministério era entregue a um partido de porta fechada”, disse o governador em entrevista ao lado de Bolsonaro no podcast Inteligência Ltda.
“Tenho uma gratidão muito grande, vou ser grato sempre, vou ser leal sempre, porque é uma pessoa que nesses anos todos eu nunca vi pensar em outra coisa se não o interesse das [outras] pessoas”, acrescentou.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro e outras 33 pessoas pelo suposto plano golpista. Nesta terça-feira (25), a Primeira Turma decidirá se torna o ex-presidente réu.
“Quantas vezes eu vi o presidente arquitetando, armando uma coisa que estivesse fora da Constituição? Nunca… Só vi uma pessoa preocupada com o cidadão, preocupada com o país. Então, tenho uma tranquilidade absoluta de defender o Bolsonaro”, enfatizou Tarcísio.
Durante a entrevista, Bolsonaro foi questionado sobre uma publicação do jornalista Paulo Figueiredo no X criticando a entrevista ao lado do governador. Para Figueiredo, a iniciativa pode ser vista “maldosamente” como uma passagem de bastão.
“Eu não vou passar bastão para ninguém. Gosto muito do Paulo Figueiredo, mas ele deu uma derrapada aí. Eu já falei que só passo o bastão depois de morto”, rebateu o ex-presidente. Tarcísio apontou que “as pessoas interpretam errado a proximidade ou apoio”.
Figueiredo é um dos denunciados pela PGR, mas não apresentou a defesa prévia à Corte. O governador é cotado para disputar as eleições presidenciais de 2026, pois Bolsonaro está inelegível até 2030. Tarcísio, contudo, nega veementemente qualquer possibilidade de substituir o ex-mandatário.
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