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Após repercussão negativa da fala do presidente Lula (PT), que comparou a luta contra o Hamas às mortes de judeus no Holocausto, o advogado Fabio Wajngarten sugeriu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que convide o Embaixador de Israel no Brasil para o ato programado para o próximo dia 25, na Avenida Paulista, em São Paulo.
“Certamente será muito bem recebido e acolhido”, disse Wajngarten pela rede social X, neste domingo (18).
Ao responder jornalistas durante participação na Cúpula da União Africana, na Etiópia, neste domingo (18), Lula comparou os ataques de Israel ao grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto, política de extermínio de judeus implementada pelo ditador alemão Adolf Hitler.
“O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou o petista.
Na ocasião, Lula fazia críticas aos países ricos que suspenderam o financiamento à Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês). A UNRWA é acusada pelo governo de Israel de colaborar com o Hamas.
Em reação ao petista, o governo de Israel declarou Lula “persona non grata” e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler "é ultrapassar uma linha vermelha".
Vale lembrar que o Hamas comemorou a eleição de Lula em 2022 e também emitiu um comunicado, no domingo (18), elogiando o petista pela declaração contra Israel.
Na direção contrária às críticas, o Planalto e o PT seguem defendendo a declaração de Lula e acusando o governo de Israel de “fake news”.