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Wellington Dias
Pasta do Desenvolvimento Social está na mira de partidos do centrão para aumentar a base de Lula no Congresso.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em meio às negociações entre partidos do centrão para conseguir mais espaço na Esplanada dos Ministérios e aumentar a base governista no Congresso, o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, negou que a pasta que cuida do Bolsa Família entre na reforma ministerial ou seja dividida para acomodar algum deputado.

Segundo Dias, que terá uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã desta quarta (30), às 9h, há total apoio do petista para seguir na pasta “para cumprir as metas que ele estabeleceu com o povo”, disse em entrevista publicada pela Folha de São Paulo.

Lula está conduzindo uma reforma ministerial para incluir o PP e o Republicanos no alto escalão do governo, e deve anunciar uma mini reforma ministerial ainda nesta semana. Contudo, a distribuição de cargos está encontrando obstáculos.

O PP, liderado por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, almeja o Ministério do Desenvolvimento Social para direcionar emendas parlamentares a projetos e aquisição de equipamentos para centros de assistência social em todo o país. Porém, o PT também reivindica a pasta por ser responsável pelo Bolsa Família, um dos principais programas sociais do governo.

Recentemente, surgiram discussões sobre dividir o Ministério do Desenvolvimento Social, mantendo o controle do Bolsa Família com Wellington Dias e transferindo outras áreas para o centrão, incluindo a gestão dos centros de assistência social.

“Essa decisão ele [Lula] tomou [de não dividir o ministério]. Quando se separou o Auxílio Brasil [antecessor do Bolsa Família] desses programas sociais, o que aconteceu? Não foi só a pandemia, cresceu a fome, cresceu a pobreza e a extrema pobreza, cresceu a população de rua, enfim, uma situação social grave”, ressaltou Dias.

O ministro enfatizou a complexidade da questão, com a gestão do Bolsa Família entre 33 programas sociais tocados pela pasta. “Cada programa desses tem um impacto, porque a pobreza não é uniforme. São variadas situações”, completou.

Embora o ministro tenha insinuado que a probabilidade de Lula ceder o Ministério do Desenvolvimento Social ao centrão seja baixa, ele também reconheceu a necessidade de ajustes na relação com o Congresso e na distribuição de ministérios para alcançar estabilidade política.

Dias, ex-governador do Piauí e um aliado de longa data de Lula e desempenhou um papel chave na campanha eleitoral do presidente, que deve visitar o estado ainda nesta semana.

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