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O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, e o vice-presidente chinês, Wang Qishan
O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, e o vice-presidente chinês, Wang Qishan, durante uma cerimônia de boas-vindas no Grande Salão do Povo em Pequim, em 23 de maio de 2019| Foto: GREG BAKER/AFP

O vice-presidente Hamilton Mourão encerrou na última sexta-feira (24) sua visita oficial à China após encontro com o presidente chinês Xi Jinping, em Pequim.

A Mourão, o líder chinês afirmou que os dois países devem considerar um ao outro como uma oportunidade para o desenvolvimento e como parceiros. Xi recebeu Mourão no Grande Salão do Povo e disse que o relacionamento entre os dois países está em um "momento crucial".

"Os dois lados devem continuar discutindo com firmeza as oportunidades e os parceiros um do outro para o seu próprio desenvolvimento, respeitando-se, confiando um no outro, apoiando-se mutuamente e construindo as relações China-Brasil como modelo de solidariedade e cooperação entre os países em desenvolvimento", afirmou Xi.

Mourão tem adotado uma abordagem pragmática em relação ao principal parceiro comercial do Brasil. Ele chegou ao país asiático na última segunda-feira (20) e afirmou que o Brasil estuda uma eventual adesão à Nova Rota da Seda, iniciativa bilionária do governo Xi Jinping para interligar portos, ferrovias, estradas, aeroportos e telecomunicações com o objetivo de agilizar comércio chinês com o resto do mundo. Disse também que projetos chineses ligados à iniciativa poderão ser realizados no Brasil por meio do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).

Na terça (21), em entrevista a uma rede de TV estatal chinesa, o vice-presidente afirmou que o Brasil deve "agregar valor" no que é exportado à China.

"O Brasil não pode ser só uma loja que a China vai e compra itens. Tem que ser mais do que isso. As coisas que vêm do Brasil têm que ter o mesmo valor que as que vêm da China. Estamos na era do conhecimento. A economia do século 21 é a economia do conhecimento, esse é o passo adiante que temos que dar nessa relação".

O problema Huawei

Mourão também disse que o governo brasileiro vê com bons olhos a Huawei, fabricante chinesa de eletrônicos acusada de espionagem pelos Estados Unidos. "A Huawei está estabelecida no Brasil e vai fazer mais investimentos. Na semana passada, recebi representantes em meu gabinete em Brasília e eles me apresentaram planos de expansão no país", disse.

Na quarta-feira, o vice-presidente visitou a Muralha da China. Durante a estadia no país, conheceu ainda as instalações e locais de testes da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST).

Neste ano o Brasil será o anfitrião da cúpula do Brics, bloco constituído por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, à qual Xi deve comparecer.

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