PT: o mesmo método desde 1990. Ou: Mudam-se os crimes, os personagens continuam os mesmos

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Por Leandro Ruschel

Nesse final de semana li Já vi esse filme, de Luiz Maklouf Carvalho. É impressionante como o modus operandi do PT já está presente desde o início da década de 90. Em 1997 o autor do livro, atuando como repórter investigativo, entrevista Paulo de Tarso Venceslau, um petista histórico e ex-terrorista que participou do sequestro do embaixador Elbrick, que acabou sendo trocado por Dirceu e outros presos por participarem da luta armada.

Paulo de Tarso denunciou Roberto Teixeira, compadre de Lula, o sujeito que cedeu o apartamento que o ex-presidente morou por anos e depois facilitou a compra do seu atual apartamento em São Bernardo numa transação que até hoje não foi bem explicada.

Pois esse mesmo Roberto Teixeira era o lobista que vendia para prefeituras petistas um serviço de consultoria para lá de suspeito, de recálculo de ICMS, através de uma empresa chamada CPEM. Paulo de Tarso achou sérias irregularidades e as levou à cúpula do partido. Lula colocou panos quentes e tratou de defender o compadre.

Maklouf jogou o caso na imprensa numa entrevista bombástica de Paulo de Tarso. Depois de muito barulho, Paulo acabou sendo expulso do partido e Maklouf foi perseguido pelos aparelhos petistas na imprensa. A mesma técnica de vitimização do partido e de ataque ao mensageiro que vemos hoje sempre que um escândalo vem à tona.

Ali já foram apresentados os personagens presentes na cena política nacional nas últimas décadas. Ele mostra Dirceu como o sujeito que mandava no partido de fato, Paulo Okamoto como o arrecadador do PT nas prefeituras e homem de confiança de Lula (hoje é presidente do Instituto Lula), Gilberto Carvalho e José Genuíno completando o círculo mais íntimo do ex-presidente.

O mais impressionante é que Teixeira continuou fazendo negócios questionáveis, como a venda da Varig. E um dos filhos de Lula mora num apartamento de Teixeira, outro usa um escritório que também é do compadre!

Outro sujeito que está no círculo de amizades de Lula é José Carlos Bumlai, que tinha live acesso ao planalto e está envolvido em casos de desvios bilionários! Ele aparece bancando parentes do ex-presidente.

Lá na década de 90 já estavam plantadas as sementes de esquemas podres que o PT utiliza não só para roubar e enriquecer os seus integrantes, mas também para bancar o seu projeto de poder totalitário.

Impressionante como um país se deixou enganar por um grupo de bandidos. Ou pior, fechou um olho quando o dinheiro era farto, criado por fatores externos e não por boa gestão da coisa pública.

Se alguém tem dúvida da natureza desse partido, ou é muito ingênuo ou é conivente com o crime!