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A esquerda caviar e o terrorismo
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Na visão romântica de “oprimido e opressor”, a esquerda caviar, do conforto de suas casas seguras, consegue justificar ou mesmo aprovar grupos terroristas que desafiam o “sistema”, o “imperialismo”, os Estados Unidos, o grande Satã do mundo. É um paradoxo, pois essa esquerda se diz pacifista, mas isso nunca a impediu de defender terroristas e grupos violentos. Ao contrário: a associação entre esquerda e terrorismo é histórica, como lembra Luiz Felipe Pondé em sua excelente coluna de hoje na Folha:

Uma das coisas mais fofas, hoje em dia, é gente que acha que se pode dialogar com terrorista. Quando ouço alguém falando isso, sempre tenho vontade de dizer para ele: leva um para casa! Dá Nescau, que ele vai gostar.
“Vítima do imperialismo americano ou sionista!”, “resistência à opressão!”. Tudo lindo quando você está tomando vinho num restaurante da zona oeste de São Paulo ou uma cerveja no boteco da faculdade.

[…]

Muitos intelectuais são responsáveis por nossa ignorância sobre o que é a psicologia do terrorista. O terrorista gosta de matar quem ele gosta de matar. Ponto.

[…]

Muita gente lê os terroristas como heróis da resistência (como se tratasse do nome de uma banda). Acham que eles são os combatentes contra a opressão e que apenas por isso é que matam centenas de pessoas. E que, caso fizéssemos o que querem, juntar-se-iam a nós em nosso “queijos e vinhos”.

Não, terrorista mata porque gosta. Existe prazer em matar, para algumas pessoas, e a leitura ideológica feita sobre os terroristas é apenas o suporte de marketing para que façam o que quiserem.

A associação entre a esquerda e o terrorismo é histórica, apesar de incômoda para pessoas que se julgam “do bem”. A esquerda atual é meio fofa, e é por isso que ama o terrorismo, mas não pode confessar esse amor.

No caso do terrorismo palestino histórico (hoje, limitado a práticas de grupos como Hizbollah e Hamas, que muitos “inteligentinhos” acham que são cineclubes libertários), se voltarmos aos anos 1970, no mínimo, veremos que a esquerda já ali apoiava as táticas do terror contra vítimas civis.

[…]

Essa associação ideológica com o terrorismo sempre deixa a esquerda fofa de hoje meio confusa, uma vez que ela se diz contra a violência.

Mas, vale dizer, o velho Marx, que era um sincero, guardava claramente uma certa simpatia por práticas que hoje chamaríamos de terrorismo ou similares. Para ele, a moral estava sempre submetida às necessidades das forças históricas revolucionárias. Matar gente sempre foi justificável, nesse sentido.

Quando vemos alguém como Roger Waters, o cantor do Pink Floyd, conclamando Gilberto Gil e Caetano Veloso a não cantarem em Israel, pois enxerga a democracia próspera e tolerante dos judeus como o grande mal na região, e não os terroristas do Hamas, sabemos que estamos diante de um desses idiotas úteis “progressistas” usados pelos terroristas.

A esquerda gosta de bancar a tolerante e a pacifista, mas acaba defendendo sempre, ainda que de forma envergonhada às vezes, os terroristas, os assassinos, os “revolucionários” que precisam apenas de uma desculpa ideológica para matar. É, como diz o próprio Pondé, uma questão de caráter mesmo.

PS: Seria hilário ver uma cena dessas descrita por Pondé, e imaginar um artista ou um “intelectual” da esquerda caviar chamando um rapaz do ISIS para tomar um Nescau em sua casa…

Rodrigo Constantino

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