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A vida num kibutz ao lado de Gaza e a visão moderna dos kibbutzim
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A imagem que vem à mente quando falam nos kibbutzim é a de uma comunidade auto-subsistente meio hippie vivendo um sonho romântico de igualdade e “liberdade plena”. Foi assim no começo, ao menos, e comentei aqui sobre essa utopia tratada no último livro do escritor judeu Amós Oz, com suas reminiscências desse período de sua vida.

Não mais. Os kibbutzim mudaram muito. Hoje são como grandes condomínios, ou famílias, que produzem e praticam comércio no mercado, objetivando o lucro. A diferença é como este é dividido. Há os kibbutzim socialistas e os capitalistas, da porta para dentro. Para fora, seus membros são como sócios de uma só empresa.

Israel é um país tão interessante e democrático que é perfeitamente possível adotar o socialismo como estilo de vida de forma voluntária. Essas comunidades decidem viver assim, sem impor isso aos demais. Uma nação capitalista com um forte setor de tecnologia e uma economia pujante pode tranquilamente abrigar pequenas sociedades “igualitárias”.

Uma dessas fica a um quilômetro de Gaza. Conversei com um de seus membros, o brasileiro Herman Richter, diretor na Universidade de Tel Aviv. Com ele podemos aprender bastante sobre a visão mais moderna dos kibbutzim, e também como é conviver com a constante ameaça do terrorismo.

Com o tempo, mesmo alguém claramente de esquerda como ele passa a demandar uma reação firme do governo. Questionado sobre a “desproporcionalidade” do uso da força na última guerra em Gaza, Richter pergunta se tais críticos ficariam felizes com mais mortes de israelenses, em nome da maior proporção de perdas.

Fala também da posição do governo brasileiro. Ou melhor, tenta falar, pois quase não consegue. É uma decepção visível de quem compreende perfeitamente qual lado valoriza a vida dos inocentes, e qual lado pretende eliminar até crianças de ambos os lados. Já o “anão diplomático” parece não se dar conta disso, não tem clareza moral. Abaixo, trechos da conversa com o diretor:

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httpv://youtu.be/J-i5CejWIE4

Rodrigo Constantino

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