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Ainda a homofobia: o que eu escrevo é o que eu escrevo – nada mais, nada menos!
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Meu texto sobre o direito de um pai preferir um filho heterossexual despertou bastante polêmica, muitos elogios, e muitas críticas e ofensas. Estas, dispenso. Como solicitei no começo do texto, era para deixar as pedras de lado e focar nos argumentos, coisa que entendo ser muito difícil para alguns, infelizmente.

Mas um tipo de crítica comum merece resposta, creio eu. Trata-se de um alerta bem-intencionado de que escrevo para um veículo com milhares de leitores, e devo tomar maior cuidado com isso, pois muitos pais homofóbicos podem desejar ter uma interpretação diferente, como se eu estivesse endossando sua homofobia, e com isso ter o “respaldo” de uma importante revista para seu ódio ou mesmo agressão.

Soube até mesmo que um desses blogueiros sem um pingo de caráter andou espalhando pelas redes sociais um texto em que eu era responsabilizado por um pai que espancou o filho, com apenas 8 anos, por demonstrar inclinações homossexuais, gostar mais de balé do que futebol, ou algo assim. Em um salto quântico absurdo, agora o pai que prefere um filho heterossexual virou sinônimo de um pai que espanca até a morte o filho gay.

O que vou dizer a seguir é o óbvio ululante, mas acredito que dizê-lo é cada vez mais necessário em nosso país. Como já deixo claro no título desse texto, o que eu escrevo é aquilo que eu escrevo. Nem mais, nem menos. Não posso escrever sob a autocensura de que imbecis podem estar entre meus leitores. Sinto muito: não escrevo para estes, pois acredito que é um ato de respeito aos meus leitores tomá-los como pessoas inteligentes. Aos demais, há blogs e revistas em abundância como alternativa, todos bancados pelo governo do PT.

Aqueles pais verdadeiramente homofóbicos, que sentem desprezo por seus filhos por serem gays, não encontrarão em meus textos justificativa, muito menos defesa de suas ações em si desprezíveis – ao contrário da homossexualidade do filho, que pode em nada manchar seu caráter. Tampouco o lado de lá, da esquerda imoral, conseguirá achar, em minhas palavras, aquilo que dizem que eu disse.

Foi o mesmo quando critiquei os bárbaros rolezeiros, que não reconheceriam a própria inferioridade comportamental, ao desrespeitar o próximo que quer apenas fazer compras ou passear com tranqüilidade no shopping. Tiraram completamente do contexto minha fala, algo comum quando se trata da esquerda. Tudo para me pintar como um nazista (e nem sabem como o nacional-socialismo era antiliberal e parecido com o próprio comunismo).

Portanto, não posso escrever tendo em mente que mentecaptos ou pérfidos podem alterar o sentido claro de minhas palavras – e meus bons leitores sabem como tento ser o mais claro e objetivo possível. Minha responsabilidade vai até o limite de minhas palavras. Além delas, não tenho como assumir nenhum tipo de controle, pois não controlo a mente dos outros.

É como diz Thomas Sowell: não podemos controlar o que as pessoas falam da gente; podemos apenas torná-las mentirosas. Eis a minha postura. Vale o que eu escrevo, não o que alguns inventam em meus textos, adicionam, deturpam, modificam. A esses, só me resta expor como são mentirosos ou analfabetos funcionais.

Rodrigo Constantino

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