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Ainda há quem acredite que austeridade fiscal seja o inimigo do crescimento econômico?!
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A Folha de SP trouxe neste domingo em destaque um texto de opinião com o título “Por que cortar gastos não é a solução para o Brasil ter crescimento vigoroso?”. Trata-se da velha e surrada “teoria” de que a austeridade fiscal é inimiga do crescimento, que o governo precisa investir e gastar mais para induzir o crescimento econômico por meio do “multiplicador fiscal”.

Seria a descoberta do moto perpétuo de crescimento: o governo gasta e investe o que não tem, sem se preocupar com o déficit, e isso vai gerar mais crescimento ainda na iniciativa privada. O crescimento maior fará a arrecadação subir, e por isso não precisamos nos preocupar com os rombos do orçamento.

Com base numa “tese” dessas, é realmente espantoso ainda existirem países pobres! E “paradoxalmente”, são justamente os que mais acreditam nessas trilhas para o sucesso. Por que será?

O que os autores heterodoxos não explicam é como justamente na fase expansionista irresponsável de Dilma o país mergulhou na maior recessão da história recente. É mais ou menos como os ladrões que acabaram de realizar o maior roubo a banco de todos os tempos tentarem explicar que investir mais em segurança não é a solução, e ainda culparem outros pelo roubo. Haja cara de pau!

Claro que, com tão pouca sustentação teórica ou empírica, os autores tinham que partir para teorias da conspiração: “a insistência em um diagnóstico e uma política equivocada reflete apenas uma fé cega ou estaria a serviço de determinados interesses econômicos e políticos?”. Quem levanta tal suspeita é justamente a turma que adota fé cega em ideologias e tem vários interesses econômicos e políticos na manutenção do modelo atual falido, que leva aos altos juros e ao rentismo. Eles condenam da boca pra fora o excessivo gasto com juros, como se este não tivesse ligação alguma com o elevado déficit fiscal e sua trajetória insustentável, se não houver reformas estruturais de cunho liberal.

Não adianta quantas vezes a experiência comprove a boa teoria econômica, de que aumento de gastos públicos costumam gerar menos, não mais crescimento sustentável a longo prazo. Sempre haverá quem venda a ilusão de que basta o governo gastar para nos tirar do buraco que o excesso de gastos públicos cavou. Ou acabamos de vez com as falácias da Unicamp, ou a Unicamp acaba com o Brasil. Quase conseguiram com a Dilma, mas não desistiram ainda…

Rodrigo Constantino

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