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Ao falar em zoológico humano, Bolsonaro não comparou índios com bichos; acusou a esquerda de fazê-lo!
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Que a turma “progressista” tem pouca boa vontade com o que diz Jair Bolsonaro é algo evidente. Mas às vezes a distorção é tanta que só podemos pensar em má-fé mesmo. O presidente eleito disse recentemente que os índios não devem ser tratados como são hoje, com reservas que mais parecem “zoológicos humanos”. A patota de esquerda ficou em polvorosa. Bolsonaro estaria comparando os índios com bichos?! É um monstro desumano!!!

Calma, gente. Rivotril na veia e respirem fundo. O ultraesquerdista Bernardo Mello Franco usou sua coluna de hoje no GLOBO para falar disso, exatamente como se Bolsonaro fosse alguém totalmente desprovido de sentimentos humanos pelos pobres índios. Mas qualquer reflexão mais isenta, com mínimas pitadas de bom senso, mostrará que é justamente o contrário: Bolsonaro está acusando a esquerda de tratar índios como bichinhos de estimação, não como gente. E ele está certo!

Eu mesmo já usei a expressão “zoológico humano” várias vezes em meu blog, seja para falar dos próprios índios mantidos como mascotes pela elite culpada, seja para me referir aos cubanos ou aos pobres em favelas. Eis alguns trechos:

Atendendo a pedido do blog, Ubiratran explica em poucas linhas o que deseja para si e para seu povo indígena:

É chegado o tempo do desenvolvimento indígena, o modelo dos Estados Unidos ou o modelo canadense servem como referência para se alcançar o pleno desenvolvimento econômico e social das comunidades indígenas brasileiras. O governo do Presidente Michel Temer deve ser audacioso e não pode se acovardar diante de organismos internacionais que visam tão somente manter os índios num marasmo de miséria e o Brasil numa escala constante de subdesenvolvimento. As parcerias agropecuárias, a mineração em terras indígenas bem trabalhada, o turismo, parcerias em grande empreendimentos hidrelétricos bem como na exploração de petróleo, podem oportunizar arrecadação para o Brasil e uma efetiva melhora na qualidade de vida dos povos indígenas, tal desejo já está manifestado por muitas comunidades e povos indígenas Brasil afora. É necessário o governo Temer viabilizar as políticas necessárias e imprescindíveis para tanto.

Espero que o governo Temer tenha a coragem de comprar essa briga, em nome da justiça e do progresso. Enquanto a esquerda dos ambientalistas, quilombolas, invasores do MST e demais “movimentos sociais” enxerga nos índios apenas mascotes ou peões em seu jogo pérfido de exploração ilegal, há milhares de índios querendo trabalhar, melhorar de vida, ter acesso aos mesmos bens e conforto que temos.

Índio quer apito? Só na ilusão dos românticos ou no discurso cafajeste dos corruptos. Índio quer é trabalho!

[…]

Após mais de meio século de regime ditatorial opressor, de milhares de vidas ceifadas no paredão, outras tantas milhares perdidas na tentativa desesperada de fuga e travessia até a Flórida, e não sei quantos presos políticos cujo “crime” fora apenas discordar dessa maravilhosa revolução, eis que Cuba se transformou apenas numa espécie de “zoológico humano” da esquerda caviar.

Uma reportagem da Folha mostra brasileiros da classe média ou alta visitando a ilha caribenha antes que ela se “americanize”, ou seja, esses turistas desejam ter um gostinho de presenciar um museu ao vivo em forma de nação, um país parado no tempo, sem McDonald’s ou Starbucks (que horror!), sem o “consumismo burguês”, sem carros modernos. Ou seja, vão lá para ver miséria.

“É sensacional não ver McDonald’s, Starbucks ou outras redes americanas. É quase como um país que ficou congelado no tempo”, afirmou a professora de história Carla Regina Boratto, 32, de Belo Horizonte, que passou as duas primeiras semanas do ano em Havana e Varadero, balneário muito procurado por estrangeiros, a 130 km da capital. Só não é “sensacional” para o pobre povo cubano, não é mesmo?

[…]

O encanto da elite com locais pobres, até miseráveis não é novidade. Trata-se de uma viagem “exótica”, em que os indivíduos civilizados podem tirar umas férias da civilização e conhecer o “bom selvagem” de perto, sentindo-se muito descolado por conta desse gesto magnânimo. “Viram como sou uma alma sensível? Fui na favela ver de perto como os pobres vivem!”

Claro que todo o romantismo fomentado por Rousseau ajuda, assim como a era “poser” das redes sociais. A glamourização que a TV faz das “comunidades” também contribui. A julgar por Regina Casé e tantos outros, tudo que vem das favelas é melhor, e a elite deveria copiar a periferia, jamais o contrário (que seria elitismo e preconceito).

Aí o turista vai, entra num carro daqueles de safári, e circula por uma dessas comunidades, como se os pobres que vivem ali fossem mascotes, ou pior, bichos num zoológico humano. 

Como fica claro, quando nós da direita falamos em “zoológico humano” não é porque nós consideremos essas minorias como bichos, e sim porque desejamos mostrar como a esquerda “progressista” os enxerga. Conservadores e liberais clássicos veem indivíduos por todos os cantos, prezam a igualdade de todos perante as mesmas leis, entendem que o progresso material deveria estar ao alcance da maioria e que a liberdade individual deve prevalecer.

Já a esquerda olha para índios e outras minorias como mascotes, como bichinhos de estimação que devem ficar em reservas, isolados da civilização (que ela, esquerda, não abre mão), como animais exóticos que acalentam suas ideologias furadas, inspiradas em Rousseau e companhia. Zoológico humano é como esquerdistas olham para reservas indígenas. Mas índio não quer apito e cocar para ser material de curiosidade da elite branca. Índio quer trabalho e progresso. Aquilo que só o capitalismo pode oferecer.

Rodrigo Constantino

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