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Esse muçulmano fanático é o culpado pelas mortes, não as armas que ele usou.
Esse muçulmano fanático é o culpado pelas mortes, não as armas que ele usou.| Foto:

O repórter Michael S. Rosenwald, do Washington Post, escreveu um texto no jornal argumentando porque acredita que banir a venda de “armas de assalto” não vai resolver absolutamente nada quanto aos ataques terroristas. Trata-se de uma resposta ao Boston Globe que, endossando o discurso do presidente Obama, estampou em sua capa a foto de um fuzil com a chamada “Make it Stop”. É como se a arma em si fosse a responsável pelos atentados, não os indivíduos.

Rosenwald, usando dados estatísticos, demonstra que o uso de tais armas pesadas não é tão representativo no histórico de atentados recentes como se pode imaginar. A imprensa em peso está fazendo coro ao presidente, atacando a NRA, a poderosa entidade defensora da segunda emenda da Constituição que preserva o direito de cada americano ter sua arma, inclusive um fuzil. Diz o repórter:

Perdido nas diatribes sobre a proibição de armas de assalto está este fato inconveniente: a grande maioria dos atiradores em massa usa pistolas, não fuzis de assalto, em seus ataques. Isso inclui Cho Seung-hui , que usou duas pistolas, incluindo uma Glock 19 , em 2007, para matar 32 pessoas na Universidade de Tecnologia de Virgínia, o pior tiroteio em massa anterior [ao de Orlando] na história americana.

Um estudo realizado no ano passado pelo Serviço de Pesquisa do Congresso descobriu que de 1999 a 2013, fuzis foram utilizados em 27 por cento dos tiroteios públicos em massa, definidos como o assassinato de quatro ou mais pessoas em um lugar relativamente público. Desde 1982, a taxa é de 24 por cento, segundo a pesquisa de James Alan Fox, professor da Universidade Northeastern que estuda assassinato em massa.

[…]

De 1976 a 1994 , houve cerca de 18 fuzilamentos em massa por ano, de acordo com os dados de Fox, que são extraídos de estatísticas federais. Entre 1995 e 2004, um período que abrange a proibição, houve cerca de 19 incidentes por ano. E a partir de 2005 a 2011, após a proibição expirar, a média subiu para cerca de 21.

A explicação é a seguinte: os terroristas conseguem facilmente encontrar meios alternativos se necessário. O debate sobre a proibição ou não da venda de tais armas é legítimo. Mesmo liberais que pregam o direito básico e inalienável de legítima-defesa do cidadão podem alegar que ninguém precisa de um fuzil para se defender. Ao menos não de bandidos comuns. Talvez sim do estado, algo que os “pais fundadores” tinham em mente.

Mas o foco obsessivo na arma em si é apenas uma cortina de fumaça para desviar a atenção do verdadeiro problema: a ameaça do islamismo radical e a incapacidade de o governo Obama lidar com ela satisfatoriamente. Os suíços possuem fuzis em casa, assim como os israelenses. Esses enfrentam problemas com terroristas islâmicos também, mas quem diria que a culpa é da venda das armas para a população ordeira?

Se o terrorista não conseguir um fuzil, ele vai usar uma pistola. Ou bombas caseiras, aviões, facas etc. Até onde vai a política de desarmamento? Vamos proibir pistolas também? Isso quase nenhum americano aceitaria, apesar da intensa campanha dos “progressistas”, e nem Obama é louco de propor algo tão radical. O povo americano valoriza seu direito constitucional e entende sua importância na preservação da segurança e da liberdade.

A prova de que o governo Obama quer mesmo levantar uma cortina de fumaça está na decisão bizarra do Departamento de Justiça, que resolveu apagar as referências às crenças islâmicas radicais das transcrições das ligações do terrorista Omar Mateen feitas à polícia durante o seu massacre em Orlando. O promotor alega que divulgar tais trechos iria apenas fortalecer a propaganda do terrorista.

Ou seja, o sujeito mata em nome do califado islâmico, mas isso é suprimido na divulgação das investigações, pois iria alimentar a propaganda terrorista. O radicalismo islâmico desaparece, assim, dos motivos que levaram o terrorista a agir. Enquanto isso, todos, da imprensa ao presidente Obama, resolvem focar na venda de armas pesadas, como se essa fosse a causa do problema.

Alguém ainda acha que a obsessão com as armas não é uma estratégia para ocultar a incompetência do governo, ou pior, sua afinidade ideológica com o inimigo? Obama e os “progressistas” parecem odiar mais a NRA do que os próprios terroristas, que recusam a associar ao radicalismo islâmico para não “ofender” uma religião (ofender o cristianismo não é problema algum para essa turma). Assim fica bem complicado enfrentar o terrorismo de verdade…

Rodrigo Constantino

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