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À boa notícia no Congresso se seguiu a má notícia: Ryanair não quer investir no Brasil pois somos corruptos demais
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Alegria de pobre dura pouco, diz o ditado. Nesse caso podemos adaptar para “alegria de malandro dura pouco”. Enquanto os liberais celebravam a boa notícia de que fora aprovado no Congresso o aumento da participação estrangeira no setor aéreo, veio a má notícia: uma das empresas internacionais do ramo, que poderia investir em nosso país e ajudar a reduzir os custos das viagens, simplesmente o considera corrupto demais para seus padrões. Vai investir na Argentina, mas no Brasil não. Los hermanos marcam mais um gol em cima dos “malandros” brasileiros:

A companhia aérea de baixo custo Ryanair começará a voar na Argentina em 2017 e, segundo seu dono, trabalha para levar o serviço à toda a vizinhança, exceto ao Brasil, “porque há muita corrupção”. A declaração foi dada por Declan Ryan ao jornal argentino La Nación. “Iniciamos negociações em todos os países da região, menos no Brasil, já que há muita corrupção”, afirmou o filho de Tony Ryan, que fundou a empresa em 1985, com uma avioneta que ligava Londres a Dublin.

A empresa irlandesa revolucionou o conceito de viagem aéreo na Europa, por manter tarifas médias de US$ 50 e cobrar extras por tudo que não seja o assento e a bagagem de mão. Ryan lembrou que o negócio da família chegou ao México há 10 anos e à Colômbia há 4 anos, sob a marca Viva – todas as subsidiárias pertencem ao grupo Irelandia Aviation.

Para concretizar sua entrada na Argentina, a tática será comprar uma empresa local e o alvo mais provável, segundo o jornal argentino, é a Andes Líneas Aéreas.

Em uma reunião com o ministro do Transporte argentino, Guillermo Dietrich, o empresário fez uma reclamação comum a quem opera no país, o valor das taxas aeroportuárias. Ele mencionou que existe uma empresa que controla 35 dos 38 aeroportos do país. “É preciso baixar os custos. Na Colômbia, há quatro empresas que competem”, afirmou.Ryan apresentou estudos de que 5% a 7% dos argentinos já voaram e sua empresa pretende triplicar este volume. Na Colômbia, o porcentual era de 2,5% e passou a 10%.

Durma-se com um barulho desses! É o que dá excesso de malandragem. Confunde-se com estupidez…

Rodrigo Constantino

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