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Bolsonaro volta a defender privatizações: aplausos para o presidente!
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Em entrevista exclusiva a VEJA, de duas horas, o presidente Jair Bolsonaro falou com o diretor de redação, Mauricio Lima, e o redator-chefe Policarpo Junior sobre as reformas propostas por seu governo, a possibilidade de reeleição, os filhos, o amigo enrolado Fabrício Queiroz, o guru Olavo de Carvalho, as trapalhadas de ministros, Lula, o PT, sabotagens, tuitadas e o atentado que sofreu durante a campanha, tema que, ao ser invocado, mudou completamente o ritmo da conversa, a fisionomia e o humor do presidente.

Em uma das respostas, declarou que já deu o “sinal verde” para a privatização dos Correios. Bolsonaro considera que os governos do PT destruíram a empresa e não há outra saída. Mais: afirma que outras estatais terão o mesmo caminho. Parece que a EBC, dona da TV Brasil, poderia entrar finalmente na lista de privatizáveis, o que foi promessa de campanha de Bolsonaro, mas que alguns no governo já enxergam como instrumento apetitoso para financiar militância engajada.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que a extinção da Empresa Brasil de Comunicação está decidida. Em entrevista na madrugada desta sexta-feira ao apresentador Danilo Gentili, do SBT, Bolsonaro disse que o secretário de Privatizações, Salim Mattar, está cuidando do processo que poderá colocar fim ao conglomerado estatal de TV, rádio e agência de notícias. A ideia fez parte da campanha do então candidato à Presidência.

Recentemente, o secretário de Desestatização e de Desinvestimento, Salim Mattar, calculou em R$ 21,5 bilhões o prejuízo das empresas estatais dependentes do Tesouro Nacional neste ano. São 18 empresas federais, como Embrapa (de pesquisa agropecuária) e Inbel (de armamentos), que não geram recursos para se autofinanciarem e dependem da União para supri-las.

Bolsonaro foi eleito tendo o liberal Paulo Guedes como seu “posto Ipiranga”, e com um discurso privatista. Espera-se que ele realmente avance com essa pauta. Não faz sentido o estado ser empresário e banqueiro. Sabemos, com realismo, que não vai tudo ser vendido de um vez, e que haverá forte resistência não só dos grupos de interesse, mas do Judiciário, como vimos na venda de ativos da Petrobras esta semana. Mas é preciso seguir em frente. Privatize Já!

Rodrigo Constantino

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