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Contas públicas fora de controle e excesso de intervencionismo: receita certa para o fracasso!
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Tá tudo certo, tudo joinha: fali minha loja e agora vou quebrar o Brasil! Tá tudo certo, tudo joinha: fali minha loja e agora vou quebrar o Brasil!

O editorial da Folha de hoje bate na tecla dos gastos públicos fora de controle, tema extremamente importante no debate econômico atual. Sem rodeios, o jornal diz:

Já deixou de ser novidade para se consagrar como tendência do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A cada mês surgem novos dados que mostram a constante deterioração das contas públicas.

Em junho, houve deficit primário (a soma de receitas e despesas antes do pagamento de juros da dívida) de R$ 2,1 bilhões. Melhor que o rombo de maio, R$ 11 bilhões, mas ainda assim negativo. Com isso, o saldo positivo do primeiro semestre ficou em R$ 29,4 bilhões, menos de um terço da meta para o ano (R$ 99 bilhões, ou 1,9% do PIB). É o pior resultado desde 2000.

[…]

O problema é agravado pela tentativa de escondê-lo. Disfarça-se o tamanho do buraco com seguidas camadas de contabilidade criativa: despesas recorrentes são adiadas para o mês seguinte e repasses obrigatórios ficam retidos –suspeita-se que até o pagamento de aposentadorias comece a ser gerenciado com tal propósito.

[…]

O Planalto embarcou em uma aventura temerária de expansão de gastos, créditos subsidiados e garantias do Tesouro cujo custo ainda não é plenamente conhecido.

O conjunto da obra é o pior possível: uma economia que derrapa, com juros e inflação em alta, além de um Orçamento estourado e uma dívida pública crescente, fazendo aumentar a percepção de risco de emprestar ao Brasil.

Neste ano, os juros internacionais permaneceram baixos, com o que o país ganhou tempo para arrumar seu quintal. Infelizmente, não há sinal de que tal oportunidade esteja sendo aproveitada. 

Se por um lado o governo gasta sem parar e ainda joga no lixo sua credibilidade ao tentar esconder isso, por outro lado ele prejudica o funcionamento da economia com seu excessivo intervencionismo. Esse foi o tema da coluna de Henrique Meirelles no mesmo jornal, em que diz:

A eclosão da crise global gerou análises em setores importantes no Brasil de que ela significava a falência do sistema de livre mercado e a vitória definitiva do intervencionismo governamental não só via regulação, que era necessária, mas, também, via ação direta na economia, com aumento do gasto público para impulsionar a atividade e intervenção no sistema de preços, entre outras medidas.

Essa visão, porém, não prevaleceu nos EUA e no Reino Unido, epicentros da crise, que, sintomaticamente, se recuperam melhor que os países intervencionistas.

[…]

Enquanto isso, países com tradição intervencionista, como a Itália e a França, têm economias estagnadas e dificuldades de conciliar a postura de Estado forte com a necessidade de promover investimentos privados e mais empreendedorismo.

[…] O exemplo mais claro é a Argentina, ameaçada de recessão e de mais crise após a controvérsia do calote técnico, que deve aumentar suas dificuldades cambiais. Já Colômbia, Chile e Peru, com economias mais abertas, crescem a taxas saudáveis.

[…] Em resumo: com o passar dos anos e dos fatos, o quadro da economia global deu uma resposta suficientemente enfática às conclusões precipitadas de alguns analistas depois da crise 2007-2008. Precisamos tomar cuidado para não seguir o caminho de alguns “hermanos”. 

Expansão descontrolada dos gastos públicos e intervencionismo estatal na economia são receitas certas para quem almeja o fracasso. O governo Dilma não corre o menor risco de falhar em sua missão: vai destruir de vez o Brasil se permanecer mais quatro anos no poder!

Rodrigo Constantino

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