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COPOM mantém juros em 14,25% ao ano. Entenda como isso afeta os seus investimentos. (Publieditorial)
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O Comitê de Política Monetária (COPOM) é um colegiado que se reúne a cada um ou dois meses para definir a taxa Selic, basicamente a taxa de juros de referência para operações interbancárias que possuem lastro em títulos públicos federais.

Ela acaba sendo a referência de juros “sem risco” para o mercado financeiro.

Quando a autoridade monetária quer restringir o crédito, um dos instrumentos utilizados é a alta da taxa de juros, usualmente com o fim de controle inflacionário pela desaceleração da economia. Por outro lado, uma queda na taxa de juros significa um estímulo para a economia em geral.

Do ponto de vista do investidor, quanto maiores os juros, maior é o estímulo a poupança. Já uma taxa menor estimula a alocação de recursos para a economia real, como o investimento num negócio, por exemplo.

O investidor deve sempre avaliar a taxa de juros em conjunto com a inflação para identificar a taxa de juros real.

Nos últimos 12 meses a inflação (IPCA) está próxima de 10%. Com a Selic acumulada no período está em 12,65%, os juros reais foram de 2,65%.

Nesse ponto precisamos de algumas explicações adicionais.

A Selic é o balizador da taxa de juros, mas não necessariamente significa a rentabilidade obtida num investimento.

A irmã gêmea da Selic é a CDI, que é determinada pelas taxas pagas pelos bancos para emprestarem dinheiro entre si. O cálculo é feito por um sistema privado chamado CETIP, recentemente comprado pela BM&FBovespa.

Geralmente um tomador de recursos, como um banco, utilizada a taxa CDI como base para remunerar o investidor. Quando um banco emite um CDB (Certificado de Depósito Bancário), ele define qual o percentual do CDI que pagará a esse investidor.

Por exemplo, quando ele promete 100% do CDI está afirmando que pagará como remuneração exatamente o CDI do período investido. Já quando promete 120% do CDI, será o CDI do período vezes um fator de 1.2, ou seja, se o CDI do período for de 20%, ele pagará 24% ao investidor.

Há um detalhe importante.

Estamos aqui nos referindo a rentabilidade bruta.

É preciso considerar o imposto a ser pago numa operação dessas.

Dependendo do prazo do investimento, o IR será de no mínimo 15% e no máximo 22,5%.

E nesse ponto o fisco brasileiro “sacaneia” o contribuinte com uma sobretaxa escondida: o IR é calculado sobre a rentabilidade nominal e não sobre a rentabilidade real.

Pegando os dados anteriores, se você investiu num CDB com rentabilidade de 12,65% num ano (100% do CDI) e pelo temo suficiente para pagar o IR de 15%, você pagará 1,90% de imposto. Ou seja, na prática a sua rentabilidade líquida real será de magros 0,75% para uma inflação de 10%!

Existem várias estratégias possíveis para aumentar essa rentabilidade real:

  • Buscar a maior taxa bruta possível. Existem vários títulos no mercado oferecendo mais de 100% do CDI e que são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito, por exemplo.
  • Investir em títulos que pagam a inflação mais uma taxa de juros, como alguns títulos do Tesouro Nacional que estão pagando IPCA + 6,23% com vencimento em 2019, por exemplo.
  • Buscar veículos que tenham isenção de IR, como fundos imobiliários ou debêntures de infraestrutura.

Enfim, existem muitas alternativas disponíveis aos investidores em busca não só de proteção do seu patrimônio, mas também uma rentabilidade maior sem abrir mão da segurança.

Nesse cenário de alta inflação e turbulência econômica é mais importante ainda buscar as melhores alternativas de investimento.

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