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ENEM que a vaca tussa dá para levar esse troço de pajubá a sério!
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Rodrigo Gurgel, já em 2015, dizia que “o ENEM não é um exame, não é uma prova. Não… É um exercício de submissão ideológica. É o primeiro exercício de submissão ideológica antes da entrada na universidade, onde a submissão ideológica se completará. O governo não quer saber a opinião do estudante. Não… Quer apenas que o estudante concorde com a ideologia que o próprio governo defende, ensina e estimula. Se isso não é uma forma de totalitarismo, então o que é?”

Pois é: o que é? Inegável o teor ideológico e doutrinário dessa prova. O sujeito chega para fazer a prova do ENEM como um guerreiro do “Game of Thrones” e sai de lá como um Jean Wyllys. O que seria da vida sem os memes das redes sociais?

Guilherme Fiuza também usou o ENEM como tema de alguns tuítes: “Com ciúmes da repercussão do Enem, Carmem Lúcia dispara panfleto colegial para mostrar quem é a estrela da demagogia humanitária nacional”; “Maior contrabando da história: encontrados 6 milhões de panfletos petistas disfarçados de prova do Enem”. Sem mais!

Outro Guilherme, o Macalossi, aproveito para perguntar, inspirado pelo ENEM: “Como é que se diz ‘Lula tá preso, babaca’ em pajubá?” Boa pergunta. Essa sim, deveria estar no ENEM!

Mas a turma do Quebrando o Tabu, que prometera encerrar as atividades caso Bolsonaro fosse eleito, achou boa a questão, talvez após uma baforada da erva proibida: “Sobre a questão do Enem sobre o Pajubá, o ‘dialeto secreto’ usado por gays e travestis. NINGUÉM precisava conhecer o dialeto para acertar a resposta. Era uma questão de interpretação de texto. Afirmar o contrário é desonestidade intelectual, ou falta de interpretação de texto”.

Falta interpretação de texto é para a turma da marofa! Ora, ninguém está dizendo que era preciso conhecer o “dialeto”, e sim que a escolha do tema em si é ridícula e totalmente ideológica, como tem ocorrido nas provas do ENEM há anos. Nota zero para o pessoal.

Como esse deve ser o tema do podcast Ideias da Gazeta esta semana, fico por aqui, para o leitor ficar com gostinho de quero mais. Mas já deu para perceber o nível da coisa. Bolsonaro vai ter muito trabalho pela frente para limpar as manchas vermelhas incrustadas por toda parte em nossa “educação” brasileira…

Rodrigo Constantino

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