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Escolha de comunista para vice seria enterro definitivo de Alckmin para a direita
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Deu no G1 (e em vários outros veículos):

A filiação de Aldo Rebelo ao PSB nesta terça-feira (26) pode ser o movimento de uma peça importante para a sucessão presidencial do ano que vem. Aldo é tido como o candidato a vice ideal para Geraldo Alckmin (PSDB), caso o governador de São Paulo viabilize sua candidatura à Presidência.

Aldo passou 39 anos no PCdoB, foi ministro nos governos Lula e Dilma, presidente da Câmara e é um dos principais nomes da esquerda brasileira. Além disso, é visto como um político aberto ao diálogo com todas as forças políticas.

A possibilidade de ele ser vice de Alckmin faz parte de uma articulação de pessoas ligadas ao governador. A principal crítica feita a Alckmin é pelo fato de o tucano ser identificado como “paulista demais” e também conservador. 

Aldo, embora eleito por São Paulo nas eleições passadas, é alagoano e vem da esquerda. Ajudaria, portanto, o governador paulista a conquistar eleitores na região onde Lula é muito forte.

Não sabemos até que ponto isso é verdade ou mais uma fake news da fábrica de boatos antes das eleições, mas o fato é que, se for verdade mesmo, tal escolha representaria a pá de cal do PSDB e do próprio Alckmin para qualquer pessoa com inclinação mais à direita.

O PSDB foi capaz de manter a direita refém por muitos anos, pois não havia alternativas mais liberais ou conservadoras, e os tucanos se colocavam entre o PT e o eleitor com bom senso, tornando a decisão um tanto fácil. Mas os tempos mudaram.

A população cansou dessa postura pusilânime, conivente ou negligente, de quem sempre se mostrou impotente diante da ameaça vermelha que varreu nosso país, deixando um rastro de destruição. Falar grosso contra essa esquerda radical se tornou uma pré-condição para receber apoio popular nas eleições.

Os tucanos, que sempre foram de esquerda, morrem de medo da pecha de “conservador” ou “liberal”, e por isso fazem um baita esforço para provar que também são de esquerda – um esforço desnecessário, pois seu viés salta aos olhos de quem tem juízo.

Quem pode esquecer do mesmo Alckmin em 2006 desesperado ao ser “acusado” de defensor das privatizações, vestindo logos de estatais pelo corpo e virando um outdoor ambulante das empresas corrompidas? Esse tipo de conduta expõe a fraqueza e trai o esquerdismo que vive em seus corações.

Alckmin já sinalizou que pretende uma aproximação com o MST também, um grupo criminoso de invasores que toca o terror no meio rural, a locomotiva do nosso crescimento (que restou). Ou seja, o tucano tem feito de tudo para afastar a direita mesmo.

Sei que muitos no mercado financeiro, de onde venho, encaram Alckmim com certa simpatia pela “previsibilidade” que ele representa, ao contrário de Bolsonaro, que seria uma aventura mais incerta, ainda que com potencial de “upside” maior se der liberdade para Paulo Guedes.

Mas o candidato tucano tem demonstrado que governaria à esquerda, com o establishment e até mesmo com socialistas e comunistas, o que é inaceitável. Leandro Ruschel resumiu bem o tiro no pé que Alckmin pode dar se seguir nessa direção: “STF cometendo ilegalidades para libertar bandidos da pior espécie como Zé Dirceu e Alckmin querendo o comunista Aldo Rebelo como vice. Acho que estão querendo eleger o Bolsonaro no primeiro turno”.

A cada piscadela de um tucano para comunistas, Bolsonaro ganha mais votos dos moderados. É melhor, afinal, o risco da aventura do que a certeza do caos…

Rodrigo Constantino

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