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Esquerdando o Rio: de “oposição à esquerda” à linha-auxiliar
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Por Jefferson Viana, publicado pelo Instituto Liberal

A jornalista carioca Berenice Seara noticiou em sua coluna “Extra, Extra” no jornal “Extra” a reunião entre três atuais pré-candidatos a Prefeitura do Rio. Até aí, nada de mais. É bastante comum que pré-candidatos se reúnam para trazer alianças para as suas futuras chapas. Mas os candidatos que se reuniram são a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), o também deputado federal Alessandro Molon (REDE) e o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).

Molon, que até o meio do ano passado era filiado ao PT e Freixo, membro do PT até 2004, usaram do discurso que realizaram e continuam realizando a chamada “oposição à esquerda”, explicação muito usada quando Dilma Rousseff ainda era presidente. Porém, o afastamento de Dilma por crimes de responsabilidade vem mostrando que a chamada “oposição” na verdade não é nada mais que uma linha auxiliar da antiga gestão federal, exemplificada na deputada federal Jandira Feghali, que em sua pré-candidatura já conta com o apoio do Partido dos Trabalhadores, mas que não conta com a mesma aceitação popular de outros tempos.

A esquerda brasileira e nesse caso em especial, a esquerda carioca busca uma repaginação após o fracasso retumbante da gestão petista no Planalto. Estão buscando novos nomes e novos partidos para continuarem a busca do poder para voltar a realizar as suas sandices. Tanto Freixo, quanto Molon, representam essa busca da continuidade do totalitarismo populista, só que com uma nova roupagem, buscando enganar a população com seus discursos e evitar que a pulverização dos votos acabe ajudando candidatos que vem em crescente nas pesquisas, como as candidaturas dos deputados estaduais Carlos Osorio (PSDB) e Flavio Bolsonaro (PSC).

A esquerda brasileira percebeu que não detém mais o monopólio do discurso. E agem com estrategismo fazendo com que a antiga oposição vire aliança, usando como exemplo o apoio de membros do PSOL a candidatura de Dilma Rousseff no segundo turno das eleições presidenciais de 2014. A chamada “oposição de esquerda” não age de forma democrática e, sim, usando das mais sujas estratégias políticas, dando inveja a muitos caciques da política brasileira pela unidade feita por necessidade política. Depois do afastamento de Dilma, os socialistas estão na marca da cal. Se veem em um dilema: unir para ressuscitar o projeto de poder perdido ou manter uma “oposição para inglês ver”, mantendo os ataques entre si em busca de… coerência? Pelo andar da carruagem, devem escolher a primeira opção.

Ao que parece, uma frente de esquerda entre PT, PCdoB, PSOL e REDE está próxima de ser formada. Mostra que de oposição o PSOL e a REDE nunca tiveram nada. São nada mais que linhas auxiliares da esquerda antiga, que vende um discurso que pode enganar muita gente e fazer com que a cidade do Rio de Janeiro mantenha-se nesse “Caminho da Servidão”.

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