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Expurgo ideológico: banir contas do Facebook é só o começo da perseguição aos conservadores
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Recentemente o Facebook baniu algumas contas associadas a ativistas de “extrema direita”. A empresa não forneceu em seu depoimento um critério objetivo para a decisão, preferindo se apoiar no combate ao “discurso de ódio”. Mas não só os banidos, na maioria dos casos, não incitavam abertamente a violência, como suas posturas não sofreram mudanças repentinas. Ou seja, não havia nada concreto que justificasse aquele expurgo.

Pior: várias páginas que efetivamente pregam o ódio continuam operantes. Especialmente aquelas mais à esquerda. Figuras antissemitas seguem destilando seu ódio contra Israel, por exemplo, sem qualquer punição do Facebook. A imprensa, em geral, celebrou o banimento, demonstrando pouco apreço pela liberdade de expressão.

Nunca vemos na mídia a expressão “extrema esquerda”, enquanto basta não ser um “progressista” para ser chamado de “ultraconservador” ou “extrema direita”. É verdade que, na lista de banidos, havia mesmo gente radical. Mas se esse for o padrão, então estamos diante do puro arbítrio ideológico. A sensação que fica é a de que basta Zuckerberg não gostar muito do conteúdo para o sujeito correr risco de ser apagado.

Alguns libertários alegam que, por se tratar de empresa privada, ela faz o que bem entender. Mas não é bem assim. Essas mídias sociais cresceram como plataformas neutras, não como editoras. O Facebook se parece mais com uma operadora de telefonia do que com um NYT. O jornal tem o direito de adotar uma linha editorial esquerdista, por mais que finja ser imparcial. Mas o Facebook controlar dessa forma conteúdo seria como a Vivo cancelar clientes por não apreciar o teor das suas conversas telefônicas.

O perigo dessa perseguição aos mais conservadores não está apenas na ameaça à liberdade de expressão. Como argumenta Paul Joseph Watson, um dos banidos, o intuito final é tornar um financiamento bancário impossível para esses “párias”. Com base nos “créditos sociais”, sob pressão da patrulha do politicamente correto, quem não rezar a mesma cartilha terá acesso cada vez mais difícil a monetização e outras vantagens virtuais.

É como naquele filme antigo com Sandra Bullock, “A rede”, em que a vida da pessoa é apagada do mundo virtual. Os “justiceiros sociais” atacam em manada seus desafetos, não por crimes cometidos, mas pela linguagem que julgam “ofensiva”. E o preço pago é o sumiço não só das redes sociais, mas da vida moderna em si. Quem mandou não ser de esquerda?! Agora aceita as consequências…

Tudo isso é muito sério e grave, mas poucos reagem. A narrativa oficial é a de que estão apenas combatendo os “extremistas”. Mas o critério vago e seletivo é uma carta branca nas mãos dos inquisidores, que são todos “progressistas”. É assustador.

Rodrigo Constantino

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