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A hipocrisia de Oprah Winfrey e a cartada sexual no apoio a Hillary Clinton
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Oprah Winfrey é uma famosa apresentadora de TV americana. Ela é, naturalmente mulher. E é negra. E também é uma das pessoas mais poderosas e influentes do mundo inteiro. Seus programas sensacionalistas impactam as vidas de milhões. Não obstante, Oprah é símbolo dos “fracos e oprimidos”, das “minorias vítimas”, e como ela usa e abusa disso! Fez sua carreira com base nessa narrativa.

Lógico que uma pessoa assim seria “progressista”, ligada ao Partido Democrata, aquele que fala em nome dos mais pobres e das “minorias”, mas é composto por ilustres ricaços poderosos, como George Soros, Al Gore ou o casal Clinton, entre tantos outros. A bilionária Oprah vai sempre defender a esquerda. Mas ela o faz adaptando o discurso à ocasião.

Por exemplo: quando Obama concorreu com Hillary pela vaga no partido, Oprah ficou ao lado de Obama. Naquele momento, era a coisa mais importante do mundo eleger “o primeiro presidente negro” dos Estados Unidos. Para a cucuia com os méritos, as ideias, o histórico. O importante era destacar a cor da pele do homem, e assim Oprah fez, ajudando muito a levantar fundos para Obama. Hillary não gostou nada, claro.

Mas chegou a hora de Hillary. Ela é a candidata do partido agora. Então sabem o que Oprah disse? Acertou: que chegou o momento de os americanos terem “a primeira presidente mulher”. Novamente: o foco está no gênero, não nas qualidades individuais. Podemos assumir que há oito anos não era chegado o momento de termos uma mulher no comando da nação. Hoje sim. O que mudou? Agora a candidata de esquerda é uma mulher.

O denominador comum desses que falam em nome das “minorias” é exatamente esse: o esquerdismo. Não é o gênero, a cor da pele, a religião. É o esquerdismo. Se for mulher, negra (dois pontos fortes na escala das “minorias”), mas conservadora, como Condoleezza Rice, então não presta. Se for homem, branco, judeu, mas socialista, como Bernie Sanders, então não é mais ícone da opressão ocidental.

É tanta hipocrisia que cansa. Não é à toa que incluí Oprah no meu Esquerda Caviar, em que disseco essa turma, suas incoerências, seus motivadores e fatores psicológicos que explicam essa postura estranha. A hipocrisia é a marca registrada desse pessoal. E podem esperar: mesmo aquelas que, como Susan Sarandon, fizeram campanha para Sanders alegando que não votavam com a vagina, vão agora enaltecer o gênero de Clinton, como se fosse fator relevante na escolha do próximo ocupante da Casa Branca. É que a esquerdista que sobrou na disputa é uma mulher…

Rodrigo Constantino

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