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A ideologia é uma máquina de destruição de cérebros: um caso concreto
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Postei um texto ontem sobre o novo quadro do “Fantástico”, que tenta banalizar a condição de quem sente ter nascido em corpo do sexo contrário, e lida com a “identidade de gênero” como algo muito científico. A reação de uma “leitora” foi tão típica, tão caricata, tão sintomática do poder de destruição cerebral da ideologia e do politicamente correto, que vale a pena mostrar aqui, para que outros entendam o enorme perigo disso.

Ela chegou de sola, atacando, ofendendo, assim: “um desvio? um distúrbio? Vc é doente cara!” Em seguida, após um comentário de outro leitor, ela disparou essa: “Esse cara é muito conservador. Vai queimar no inferno junto com ele”. Ou seja, na largada, antes de qualquer argumento, já sou um doente, um conservador (como se fosse nova ofensa), e alguém que vai queimar no inferno. Eu entrei no “debate”:

O doente sou eu agora? Por dizer que quem nasce homem é homem e quem nasce mulher é mulher, e que pensar o contrário é claramente algum tipo de problema, de transtorno? Olho o ponto em que o politicamente correto chegou! Olha o que uma ideologia faz com as pessoas! Em tempo: pelo visto vc não vê problema em sair chamando os outros de doentes por aí, não é mesmo? Tão tolerante…

Mas ela não se tocou. Não parou para pensar, para refletir. Está tão segura de sua superioridade moral, de que é “do bem” e que eu sou “do mal”, que resolveu intensificar o grau de ataque e expor ainda mais sua incoerência. Vejam:

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Percebem como a pessoa anula qualquer capacidade de raciocínio em troca da ideologia e da sensação de superioridade moral? Ela é tão tolerante, tão do bem, tão defensora da pluralidade, que não enxerga problema algum em me chamar de doente, desejar que eu vá para o inferno, que tenha um filho gay e ainda resolve parar de me seguir, pois eu não aceito opiniões contrárias. Gente, como isso é possível?!

E tudo porque eu disse que quem acha que nasceu no corpo errado claramente sofre de uma condição delicada, que precisa de ajuda séria, não de gente “do bem” e “politicamente correta” dizendo que tanto faz, que achar que é menina enquanto tem um pênis é como gostar mais de rosa do que azul, algo trivial, que deve ser visto com a maior naturalidade do mundo. Sou eu o doente?!

Felizmente meus leitores de verdade não sucumbiram a esse tipo de ideologia destruidora de cérebros. A imensa maioria dos comentários foi de repúdio ao programa da Globo, a essa forma absurda com a qual lideram com um assunto tão complicado. Uma leitura resumiu bem: “Me impressionou a forma como expuseram uma criança. E a tornaram protagonista de um conto de fadas, onde acaba virando a princesa. Surreal… imaginem a cabecinha das crianças que assistiram… Subliminar! A Globo é perita nisso”.

O “progressismo” é o caminho mais fácil para gente medíocre ou ruim que deseja um passaporte para o “céu” sem esforço, ou seja, que quer apenas a sensação de superioridade moral sem ter que se tornar uma pessoa efetivamente melhor. É por isso que vemos tanto ódio saindo da boca desses que pregam o “amor”, tanta violência de “pacifistas”, tanta intolerância dos “tolerantes”, e tanta contradição. O “progressismo” é mesmo uma doença.

PS: Eu não desejo o pior para a Flavia. Eu desejo que ela apenas consiga abrir os olhos, ter força para acordar e sair dessa prisão ideológica, e possa praticar mais aquilo que prega: amor ao próximo e tolerância aos que divergem dela.

Rodrigo Constantino

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