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Judeofobia em alta na Europa: cartazes espalhados por Londres acusam Israel de racismo
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O antissemitismo, ou judeofobia, como alguns preferem, está em alta na Europa. E como já alertou a deputada espanhola Pilar Rahola, esse sentimento costuma ser o indicativo de que vem algo muito ruim em seguida, ou seja, funciona como a fumaça que avisa do fogo, os canários que fogem antes da mina que vai explodir.

A estrela do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, incorpora essa imagem da judeofobia sem qualquer constrangimento. Corbyn, que defende até o modelo venezuelano, é prova viva de como a esquerda mundial se radicalizou nas últimas décadas.

Mathew Parris, na The Spectator, argumentou que a figura de Corbyn impede qualquer crítica séria e legítima a eventuais excessos ou erros cometidos pelo governo de Israel. Bibi Netanyahu teria no trabalhista britânico uma espécie de improvável aliado, nesse sentido. Parris diz:

Então, por algum tempo, eu quase acreditei que os acusadores de Corbyn estavam enredando suas visões políticas sobre o Oriente Médio com suas atitudes pessoais em relação aos judeus e ao judaísmo. Logo pensei que ele iria consertar as coisas; esforçar-se para acalmar quaisquer receios que os deputados trabalhistas judeus e outras pessoas decentes possam ter alimentado sobre ele. Mas ele não fez, não vai fazer; e estou atrasado, mas agora convencido e convertido à crença de que há algo de doente na mente desse homem. Ele poderia de outra maneira ter parado a conversa. Ter feito até mesmo o gentil Lorde (Jonathan) Sacks, que como rabino-chefe percorreu um caminho delicado, comentar que “nós temos um anti-semita como líder do Partido Trabalhista e da Oposição de Sua Majestade” é uma coisa e tanto.

O triste fato é que a judeofobia efetivamente tem aumentado na Europa, acendendo uma luz amarela de alerta. Essa semana surgiram cartazes com dizeres preconceituosos contra Israel, como se o país fosse intrinsecamente racista. Autoridades negam autorização para esses cartazes, mas o fato de que foram colocados por dentro dos vidros dos pontos de ônibus alimentam suspeitas.

Londres, não custa lembrar, tem um prefeito muçulmano, e guetos inteiros dominados pelo Islã. Nem sempre – ou quase nunca – com o desejo de assimilação cultural, ou seja, os forasteiros fugiram para lá, mas querem preservar suas culturas, muitas vezes incompatíveis com a ocidental que os recebe.

Com frequência a estátua de Churchill é cercada de cartazes anti-Israel também, lembrando que foi o estadista que permitiu o estabelecimento da nação judaica após a Segunda Guerra. Churchill, assim como a Inglaterra, é um ícone do que há de melhor na civilização ocidental. Londres já foi o farol dessa civilização. É triste que hoje mais pareça um vagalume em estágio terminal, emitindo seus últimos sinais de luz. Espera-se que ainda seja possível reverter esse quadro assustador, pelo bem de nossa civilização…

Rodrigo Constantino

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