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Julgamento de Lula serve para separar joio do trigo no Brasil e no mundo
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O julgamento do recurso do ex-presidente Lula, após condenação em primeira instância pelo juiz Sergio Moro a quase dez anos de prisão, pode servir como um divisor de águas no país, um dia simbólico de combate contra a impunidade dos poderosos, um marco de esperança para quem defende uma República com “império das leis”, com igualdade.

Mas independentemente do resultado, esse caso já serviu para outra função útil: separar o joio do trigo. Quem acreditou em Lula no passado pode ser acusado de ingenuidade, de ignorância, de estupidez até, mas ainda era possível alegar inocência quanto ao caráter. Muitos foram iludidos. Esse argumento de defesa não cabe mais agora.

Quem ainda defende o PT e Lula, mesmo depois de tudo, mesmo após essa tentativa canalha de se criar uma narrativa de vítima política perseguida por uma elite cruel e golpista porque é popular, deixa seu atestado de cafajeste à posteridade. Não terá como alegar falta de conhecimento no futuro.

E esse filtro vale para brasileiros e gringos. Vimos até mesmo no esquerdista NYT, o jornaleco que já defendeu até Fidel Castro e Stalin no passado, um artigo lamentável disseminando toda a narrativa falsa criada pelo PT. O autor, que atua num instituto que se finge imparcial, conclui que sem Lula na disputa eleitoral o pleito será uma farsa. Farsa é seu texto, naturalmente.

Os “mortadelas” podiam gerar menos raiva e mais pena antes, mas não mais. Idiota que se vende por uns trocados e nem sabe o que está fazendo ali, a mando dos bandidos da CUT (um deles foi preso a caminho da “manifestação”), jogam contra o Brasil. Não é sua ignorância e miséria que vão justificar tal ato podre. Afinal, não temos peninha de marginais que roubam porque são pobres, temos? Deem uma olhada no nível desse pessoal:

Enfim, quem consegue defender o PT depois de tudo, quem vai às ruas gritar contra a Justiça e a favor de um chefe de quadrilha, quem banca a vítima de um “regime de exceção” no Brasil enquanto aplaude o regime venezuelano, não vale o chão que pisa, não vale nada! O editorial do Estadão vai ao ponto:

Lula não está sendo julgado porque é líder das pesquisas de intenção de voto para presidente nem porque teria feito um governo para os pobres e contrariado as elites, como discursam os petistas. Lula está sendo julgado porque, conforme a sentença do juiz Sérgio Moro ora em revisão no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região, “recebeu vantagem indevida” e “ocultou e dissimulou vantagem indevida recebida em decorrência do cargo de presidente da República”, no contexto “de um esquema de corrupção sistêmica na Petrobrás e de uma relação espúria entre ele o Grupo OAS”, razão pela qual “agiu (…) com culpabilidade extremada”. Moro acrescentou, como se necessário fosse diante da histeria petista, que, “em síntese e tratando a questão de maneira muito objetiva, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está sendo julgado por sua opinião política e também não se encontram em avaliação as políticas por ele adotadas durante o período de seu governo”.

Os petistas, contudo, são incansáveis na sua mendacidade. Os mesmos militantes e dirigentes do PT que já declararam sua integral solidariedade ao ditador venezuelano Nicolás Maduro consideram que está estabelecido no Brasil um “estado de exceção”. Segundo eles, essa “ditadura jurídico-midiática” começou com o “golpe” do impeachment de Dilma Rousseff e culminará com a eventual cassação do direito de Lula de se candidatar à Presidência. Logo, uma decisão contrária a Lula no julgamento de hoje será interpretada pelo departamento de agitprop petista como um crime de lesa-pátria e, por que não?, de lesa-majestade.

Felizmente, toda a arenga petista desde o impeachment não tem impressionado os que têm a tarefa de julgar os crimes cometidos durante os trágicos anos do PT no poder. A eles continua a caber somente uma missão: fazer cumprir rigorosamente a lei.

Há um Brasil que quer a aplicação da lei, ver bandidos na cadeia, não importa o quão ricos e poderosos eles são (e Lula é muito rico, pode pagar uma equipe caríssima de advogados). Esse Brasil, a maioria, acordou com mais esperanças hoje, com a sensação de que poderemos avançar um pouco no combate à impunidade. E há o Brasil que mira na Venezuela, que defende Lula, o PT, o socialismo, a corrupção, que se vende por migalhas ou por milhões. Esse Brasil é o podre, que poderá sofrer importante derrota hoje.

Rezemos.

Rodrigo Constantino

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