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Lançamento do meu novo livrinho: Uma carta para Antonio
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Meu filhinho recém-nascido completou uma semana de vida hoje. Quando ainda estávamos no hospital, ele com apenas poucas horas de vida, fui tomado por um desejo, por uma necessidade de escrever uma espécie de “testamento ético” para ele.

Olhando aquela criaturinha fofa, frágil, que terá toda a vida pela frente, em um mundo cada vez mais insano, senti um forte impulso de “conversar” com ele, de tentar explicar em que ambiente ele nasceu, e como deve reagir. Quis transmitir valores, princípios e algum bom senso, para que ele possa remar contra a maré vermelha do politicamente correto, do relativismo moral.

O resultado é esse pequeno livrinho, uma carta escrita em um só dia, entre as mamadas e sonecas dele. Foi escrita do fundo do meu coração, e achei interessante compartilhar com meus leitores, com muitos pais que concordam comigo no geral, que olham para o mundo pós-moderno com apreensão, com revolta e indignação muitas vezes, pois sabem que valores importantes foram destruídos e devem ser resgatados.

Seguem os primeiros parágrafos. O livrinho já está à venda na Amazon, versão eletrônica, por apenas $0,99.

27 de setembro de 2017, 16:18. Começo essa carta após uns bons minutos observando – reverenciando, na verdade – meu novo filho. Você mesmo, Antonio, que tem algumas horas de vida apenas. Depois de quase 16 anos, fui pai novamente. De um menino. Um menininho lindo, todo perfeitinho, que já me faz destacar a primeira mensagem que gostaria de deixar: gratidão.

Seja grato a tudo que a vida lhe der, meu filho. A começar… pela própria vida! Você faz ideia das chances de você, você ter nascido? Você tem noção do esforço, do desejo necessário para tê-lo aqui com a gente agora? Após mais de um ano de tentativas por meios naturais, sua mãe me convenceu a tentar a inseminação artificial. Falhou na primeira tentativa. Vingou na segunda.

Quais são as chances? Em tantos milhões de espermatozoides, em tantas tentativas, foi logo você, essa criatura doce e amável, a ser formada pelo encontro do meu espermatozoide com o óvulo da mamãe. Sim, claro que outro filho também poderia – e provavelmente iria – despertar a mesma paixão imediata, esse amor incondicional que já nos deixa preparados para morrer se preciso for para salvá-lo. Mas, no caso, foi você. E deu tudo certo. Cheio de saúde, que é o mais importante. Gratidão. Muita gratidão.

A maioria das pessoas costuma pedir muitas coisas a Deus, ao mundo, aos outros. Comece, meu filho, pelo caminho contrário. Comece agradecendo. Louvando tudo que tem. Essa postura já faz toda a diferença do mundo. Há os pidões mimados, aqueles que acham que têm “direito” a tudo, e ficam revoltados quando não ganham aquilo que querem, e há os que entendem que viver já é uma dádiva, e que temos que ser gratos pelo que temos, correr atrás do que desejamos.

Sacrifício. Eis outra palavra fundamental, e meio fora de moda. Sua chegada ao mundo e sua permanência nele envolvem sacrifícios. Noites angustiantes pelas expectativas dos resultados daquelas tentativas, naturais ou artificiais. O custo do tratamento. A gravidez de sua mãe, sempre impondo uma dedicação enorme. Ela te carregou por esses nove meses com todo o cuidado do mundo, com privações, abrindo mão das coisas que mais ama, como comer bem e tomar uns vinhos comigo. Faz parte.

Não esperava reconhecimento. Bastava fazer isso por você, para que você pudesse nascer bem, com tudo em ordem. Eis a noção de sacrifício que alguns egoístas “racionais” têm atacado, meu filho. Nós nos sacrificamos por aquilo que amamos de verdade. Devemos nos sacrificar pela família, pela Pátria, pela civilização, pois as coisas boas raramente vêm de graça. “No pain, no gain”, dizem os americanos. Você é um americano, é bom lembrar.

E brasileiro também. Essa mistura cultural pode ser interessante. Quero que você possa absorver o que há de melhor em ambas as culturas. Mas não escondo minhas preferências. Tenho um livro criticando muito o “jeitinho brasileiro”, a “malandragem” típica dos cariocas. Não posso mentir, portanto. Você vai logo perceber que papai é meio americanófilo, até por destino: nasci em 4 de julho, de 1976. Você vai aprender na escola quem foram os “pais fundadores” da América, gente como George Washington, Benjamin Franklin, John Adams e Thomas Jefferson. Ainda ensinam isso. Não conseguiram trocar por Che Guevara como símbolo do “herói”, ao menos não aqui. Nas universidades é outra história, mas deixa isso para depois. Há tempo de incutir em você o antivírus dessa lavagem cerebral “progressista”.

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Rodrigo Constantino

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