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Lembra daquele Bush que era demonizado pela esquerda? Hoje os democratas gostam dele…
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As pessoas costumam se lembrar do passado de forma mais positiva do que as experiências de fato ocorreram. O fenômeno psicológico tem até nome: “retrospectiva rosada“. O filósofo David Hume já tinha percebido isso: “O hábito de culpar o presente e admirar o passado está profundamente arraigado na natureza humana”.

Talvez essa seja a razão de os democratas terem mudado tanto em relação ao ex-presidente George W. Bush. Uma pesquisa recente da Economist/YouGov mostrou que a opinião que a esquerda tem hoje de Bush é bem diferente daquela que tinha quando ele ocupava a Casa Branca.

De acordo com a pesquisa, 51% dos que se identificam como democratas enxergam Bush hoje de forma positiva, contra 42% que o veem de forma negativa. Eis o resultado:

  • Muito favorável: 14%
  • Um pouco favorável: 37%
  • Um pouco desfavorável: 29%
  • Muito desfavorável: 13%
  • Não sabe: 7%

A pesquisa, feita entre os dias 22 e 24 de outubro, entrevistando 1.500 adultos, mostrou que 76% dos republicanos possuem uma opinião favorável de Bush. Mas a grande surpresa mesmo é a mudança de tom dos democratas.

Parece fazer uma eternidade o dia em que Bush era demonizado, comparado a Hitler o tempo todo (sim, não é só Trump), alvo dos mais duros ataques das celebridades, dos políticos e dos “intelectuais”. O que mudou?

Bem, talvez não seja apenas o fenômeno psicológico. Talvez tenha ligação com as recentes falas de Bush, criticando o atual presidente Trump, ainda que indiretamente. E talvez tenha muito a ver com o fato de que Bush não é mais o presidente, simplesmente isso.

A esquerda adora odiar aquele republicano conservador que está no poder, e para tanto está disposta a fazer concessões em relação aos demais, especialmente aos que já passaram e não pretendem voltar. Quando elogiam Bush, ignorando que ele também era comparado a Hitler, estão pensando apenas em atacar Trump, nada mais.

Serve para quando tecem elogios aos que concorreram com Trump e perderam nas primárias. Alegam que Marco Rubio era um nome melhor, mais moderado, fingindo que Rubio não seria igualmente acusado de tudo se fosse o presidente republicano. Ora, até um gentleman como Mitt Romney foi retratado como um monstro pela esquerda quando era candidato!

É a mesma tática usada pela esquerda brasileira quando diz sentir saudades dos liberais e conservadores do passado. Dizem isso só para atacar os atuantes, pois “esquecem” como eram tratados Roberto Campos ou até mesmo Merquior, um moderado. “Bob Fields” era execrado, mas hoje é usado como exemplo de alguém com quem dava para debater, ao contrário dos liberais modernos. Sei…

O problema com essa estratégia esquerdista é o mesmo de Joãozinho na história do leão no quintal: depois da sétima vez que o menino inventa o bicho, o bicho realmente aparece, e já ninguém mais acredita nele, que acaba devorado. No dia em que um Hitler – que era de esquerda – surgir em cena de fato, as constantes acusações vazias de que todo republicano é uma cópia de Hitler terão anestesiado o público. Ninguém mais acredita.

E não, Trump não é essa pessoa. Está muito longe de ter qualquer semelhança com o líder nazista…

Rodrigo Constantino

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