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Mandela, uma unanimidade capaz de unir todos
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Meu artigo sobre o outro lado de Mandela gerou muita controvérsia e vários ataques chulos. Mas eis aí um caso claro que ilustra o fenômeno “unanimidade” do líder africano falecido essa semana: quem mais seria capaz de unir esse time?

Fonte: GLOBO

Bom, na verdade, todos eles já estão unidos, à exceção de FHC (ou não). Sarney é aliado fiel de Lula e Dilma, e Collor também está na base do governo, após ter dado uns tapinhas camaradas nas costas do ex-metalúrgico.

Já FHC resolveu escrever uns artigos mais fortes contra o lulismo, mas se acordou, demorou muito. Passou a faixa presidencial com emoção. Afinal, sempre foi esquerdista também.

E eis o denominador comum de todos: de uma forma ou de outra, defendem o establishment, o governo como salvador da Pátria, o poder concentrado nos políticos “ungidos”.

Agora, todos querem tirar uma casquinha da morte de Mandela. Oportunismo ou não? Mas quem é acusado de ser oportunista sou eu, apenas por ter escrito um texto que reconhecia os méritos de Mandela, mas também apontava os defeitos, já que ninguém é santo.

E por falar em seus defeitos… vejam quem fará os discursos oficiais de homenagem: Obama, Dilma e Raúl Castro, além dos representantes da Namíbia, China e da Índia. Escolha estranha.

Obama é o ícone da esquerda caviar americana, o homem que representa o oposto dos valores tradicionais americanos, que construíram a super potência. Não sou eu quem diz, mas o próprio. Já declarou que deseja mudar fundamentalmente a América. Quem ama não quer mudar fundamentalmente a amada…

Dilma, nós conhecemos bem. Péssima gestora, intervencionista ao extremo, autoritária, incapaz de realizar uma simples faxina ética em seu governo, e populista, pois só pensa nas próximas eleições e está disposta a “fazer o diabo” para vencê-las.

China é uma ditadura comunista, apesar da gradual abertura econômica. Local onde a liberdade individual passou longe, muito longe. Índia é uma democracia extremamente corrupta e pobre. Namíbia eu pulo.

Agora, deixando o “melhor” para o final, temos o ditador Raúl Castro, que assumiu a ilha cubana como se fosse um feudo particular repassado por seu irmão, Fidel Castro. Cuba é a mais longa e assassina ditadura do continente, miserável e opressora.

Qualquer um deveria ter vergonha e ficar constrangido com alguém como Raúl Castro, sujo de sangue inocente dos pés à cabeça, fazer um discurso em sua homenagem. Mas algo me diz que quase todos aqueles que ficaram revoltados com o meu texto e, para demonstrar sua infindável compaixão, xingaram até a mãe, não vão ficar nem um pouco incomodados com essa homenagem.

E isso, claro, diz muito sobre o outro lado de Mandela, exposto no meu “polêmico” artigo…

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