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Médicos judeus tratam de nazista que abriu fogo em sinagoga
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Um homem com inclinação nazista e claros problemas mentais abriu fogo numa sinagoga em Pittsburg, matando 11 pessoas. Mais um atentado contra judeus, o que não é algo novo. Muitos na esquerda aproveitaram o episódio para atacar… Trump.

O presidente é culpado por tudo, desde uma dor de dente de uma criança até a destruição do planeta. A mídia mainstream logo acusou sua retórica belicista, ignorando que Trump é o presidente mais pró-Israel das últimas décadas, e que o primeiro ministro israelense só falta se debruçar de amores por ele.

A tentativa de colocar esse atentado terrorista na conta de Trump é patética, e mostra o grau de desespero dos democratas. Os mesmos que ficaram revoltados quando foi apontado que um apoiador de Bernie Sanders, que trabalhou em sua campanha como voluntário, tinha atirado em políticos republicanos num campo de futebol, quase matando um deles. O eterno duplo padrão.

Mas a acusação contra Trump não é o ponto central desse texto. Tampouco o fato de que pouco se fala de doença mental no mundo hoje, já que o movimento anti-manicomial ganhou muita força e não é “politicamente correto” mostrar o risco que certas pessoas em surto representam para a sociedade. Tudo isso pode ser assunto para outro texto.

Aqui quero apenas destacar que médicos judeus estão cuidando do sujeito que gritou “quero matar todos os judeus”, e que de fato matou 11 deles:

O homem acusado nas mortes brutais de 11 pessoas em uma sinagoga em Pittsburgh foi levado ao hospital depois que foi preso para ser tratado pelos ferimentos que sofreu em um tiroteio com a polícia.

Na sala de emergência, quando ele chegou, ele estava gritando: “Eu quero matar todos os judeus”, segundo o presidente do hospital.

Se ele ao menos soubesse da identidade da equipe encarregada de mantê-lo vivo: pelo menos três dos médicos e enfermeiros que cuidavam de Robert Bowers no Hospital Geral de Allegheny eram judeus, segundo o presidente Jeffrey K. Cohen.

“Estamos aqui para cuidar de pessoas doentes”, disse Cohen, que é membro da congregação onde o massacre aconteceu, em uma entrevista à afiliada da ABC WTAE. “Não estamos aqui para julgar você. Não estamos aqui para perguntar “Você tem seguro?” Ou “Você não tem seguro?” Estamos aqui para cuidar de pessoas que precisam da nossa ajuda.”

“Eu pensei que era importante pelo menos falar com ele e conhecê-lo”, disse Cohen à ABC. “Você não pode, por um lado, dizer que devemos conversar um com o outro, e então eu não falo com ele. Então você lidera pelo exemplo e eu sou o líder do hospital.”

Para quem conhece não só médicos, como médicos judeus, não há motivo para surpresa aqui. Eu mesmo já entrevistei um brasileiro que trabalha no hospital de Israel que recebe inúmeros pacientes de países vizinhos, que pretendem “varrer Israel do mapa”. O Ziv Medical Center recebe crianças da Síria, muitas vezes machucadas por artefatos terroristas dos próprios sírios, e mesmo assim cuida delas com extremo zelo, como se fossem judeus. Vejam:

O ódio, o preconceito, a judeofobia não serão derrotados com mais ódio e preconceito, e sim com uma postura superior. Há uma parcela da humanidade que abraça valores morais decentes, aqueles que estão nos alicerces da civilização ocidental. E há quem queira destruir tudo isso, movido apenas por ódio e ressentimento, por tribalismo e rancor, por niilismo e inveja.

A civilização vai sobreviver enquanto o grupo dos primeiros for mais forte do que o grupo dos últimos. Parabéns aos médicos judeus que agiram para salvar a vida de uma pessoa, mesmo que um terrorista. Que ele pague o preço agora sob o devido processo legal no estado de direito, outro pilar básico da civilização ocidental.

Rodrigo Constantino

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