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Minas Gerais tem batalha entre o Novo e o velho para governo do estado: ficou fácil escolher
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Nada escrevi ainda sobre a disputa em Minas Gerais, mas creio que chegou o momento. Afinal, o que temos no segundo turno agora é uma batalha entre o novo e o velho na política. Literalmente: temos o Partido Novo com seu maior sucesso na luta por cargo executivo, concorrendo com um tucano tradicional. O governador petista, que tentava a reeleição, ficou em terceiro e fora da disputa. Eis a notícia:

A surpresa marcou a apuração do primeiro turno para governador em Minas. Com 100% das urnas apuradas em Minas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) o candidato do partido Novo, Romeu Zema, terminou na frente com 42,73% dos votos válidos. Na conta do TRE os votos brancos e nulos não são considerados. 

Ele ultrapassou Antonio Anastasia (PSDB) – apontado como primeiro até então -, que ficou com 29,06%, na segunda posição. O governador Fernando Pimentel (PT), que tentava a reeleição, ficou em terceiro com 23,12% e está fora da disputa. A apuração em Minas levou cerca de cinco horas para ser concluída. 

A vitória no primeiro turno surpreendeu não só os eleitores, mas a própria campanha de Zema. O candidato do Novo, afirmou em coletiva que acredita que o “cansaço” dos mineiros com as velhas caras que disputam os pleitos em Minas foi o grande motivador do seu eleitor. O empresário recebeu 4.138.967 votos. 

Caso eleito, Zema anunciou o compromisso de não convocar nenhum deputado estadual ou federal para assumir cargos em seu governo. “Terei um secretariado 100% técnico. Os secretários serão escolhidos da mesma forma que uma empresa. Vamos selecionar no mercado”, assegurou.

Zema representa a postura mais liberal, um partido que tem um programa sério de redução do estado, da burocracia e tudo mais. Anastasia, por mais que tenha um perfil mais técnico e um histórico razoável, faz parte do PSDB, o partido que mais sofreu nas urnas neste domingo. E não por acaso: o eleitor puniu justamente a postura pusilânime dos tucanos em relação ao petismo, sua eterna posição em cima do muro.

O fato é que o PSDB teve mais do que oportunidade para mostrar serviço, e ainda que não seja um desastre como o PT, deixou muito a desejar. Fora o lado ético, claro, com Aécio Neves tendo sido mantido no comando da sigla por tempos após todo o escândalo com Joesley Batista, da JBS. Os mineiros tinham apenas a opção entre PT e PSDB, e aí é realmente fácil. Mas não precisam mais ser reféns dos tucanos. Agora há algo Novo!

Lembrando ainda que Zema declarou apoio a Bolsonaro. Já os tucanos são assediados pelo PT, e seu maior líder, FHC, já deixou evidente que prefere a volta do PT ao poder do que a guinada à direita com o capitão. Ficou bem fácil a escolha dos mineiros nessa disputa…

Rodrigo Constantino

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