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Morre garoto que foi símbolo do PAC
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Fonte: Extra

Desnecessário fazer analogias com o desmoronamento do governo do PT todo, pois a notícia é triste. Morreu o garoto da favela que se tornou símbolo do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento, que na verdade, como ficou claro, era o Programa de Aceleração da Corrupção, ou da Crise. Parece que foi droga, como diz a notícia do Extra:

O símbolo da esperança nas obras do PAC está sepultado. Em uma cova rasa no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte do Rio. O menino Christiano, criança que comoveu o país ao abraçar o presidente Lula no lançamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em Manguinhos, também na Zona Norte, em 2008, morreu dia 3 de julho, no mesmo lugar onde ficou famoso e passou a ser chamado de Lulinha. No laudo do IML, informação sobre uso de drogas e pedido de autopsia. Na memória da família, o garoto-herói, brincalhão, alegre e apaixonado por selfies.

No dia 19 de fevereiro de 2008, a foto de Christiano nadando em uma poça, num vazamento da Cedae, saiu na capa do EXTRA. A imagem do menino comoveu o então presidente Lula, que fez questão de conhecê-lo no comício de inauguração das obras.

Hoje, Manguinhos é o mesmo abandono. Coberto com o cimento do PAC. Faltam médicos na UPA, os quiosques que seriam vendidos a comerciantes foram depredados, cavalos pastam no meio do lixo. Falta água nas casas. Ano passado, pegou fogo num andar de apartamentos. Estão até hoje fechados. As famílias perderam tudo. Christiano foi o símbolo da esperança num futuro que nunca se concretizou.

— Tratavam a gente igual a cachorro. Tentei trabalhar nas obras e não consegui. Usaram o Cristiano como imagem, depois todo mundo sumiu. Isso aqui está abandonado — reclama a mãe do menino, a faxineira Bianca Pereira, de 35 anos.

Nada a acrescentar. Presto condolências à família do garoto e lamento a perda, tanto dele como de tantos outros que têm suas vidas destroçadas, suas esperanças usurpadas por um sistema perverso, por governos populistas, por exploradores da miséria alheia como trampolim para o próprio sucesso político. Os brasileiros mereciam mais!

Rodrigo Constantino

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