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Não se fazem mais comunistas como antigamente…
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A coluna de Luiz Felipe Pondé hoje na Folha está hilária. O filósofo traça a linha de decadência da esquerda, dividida em duas grandes fases: na primeira, figuras como Fidel e Che que, apesar de monstros frios e cruéis, ao menos eram machos, no sentido de “pegar todas” e fumar charuto; na segunda, vários tons de rosa, cada qual com sua frescura acadêmica. Diz Pondé sobre a nova esquerda:

A segunda, que podemos dividir em alguns subtipos, é mais acadêmica e bem-comportada. Prefere a cultura do “fitness” aos charutos. Quanto a comer todas, nem pensar! Considera isso coisa de “hétero machista”. Combina com restaurante vegano e bike. Nada de gente sem doutorado, ou pelo menos mestrado. Ou que não tenha feito um curso de teatro ou dança. Se for “trans” em alguma coisa, melhor ainda. Suporta o povo apenas como “ideia” e sem nenhum cheiro de ônibus. Cultiva as rede sociais como o “lugar do indivíduo kantiano” se manifestar e sonha com um curso de cinema em Havana.

[…]

A rigor, a esquerda não passa de um fetiche sofisticadíssimo de uma burguesia entediada com o próprio mundo vazio de sentido que criou, mas que é insuportavelmente confortável. Como todo fetiche, mais atrapalha do que realiza o gozo. O grande trunfo da esquerda, historicamente, é ser abstrata nas ideias e imprecisa nos fatos. Logo, não serve para nada, mas serve para masturbação vaidosa acerca da própria bondade.

Foucault, os frankfurtianos, Kant mal interpretado, deleuzianos, lacanianos, fãs de Zizek, enfim, o cardápio é farto, e cada um escolhe seu guru de acordo com suas taras particulares. Mas todos rejeitando a própria ideia de virilidade masculina que, ao menos, Che e Fidel representavam.

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Podemos chamar essa esquerda de festiva, carviar, tofu, ou quem sabe “esquerda frufru”. Gregorio Duvivier pode ser seu novo ícone. Pondé conclui, imaginando o que seria o inferno para o falecido Fidel Castro:

E tem a esquerda de gênero, aquela que pensa que se você tem questões com sua identidade sexual, por consequência não existe mais mulher e homem na espécie humana. E a esquerda das bikes e dos coletivos? Pura purpurina.

Apesar de todo o mimimi com Cuba e a morte de Fidel, essa moçadinha do PSOL faria xixi nas calças se tivesse que encarar gente como Fidel e Che. Para essa moçadinha, os dois só servem como personagens ou fetiches em camisetas e canecas. Para Fidel seria um verdadeiro pesadelo ter um desses combatentes veganos em seu Exército. #revolucionesecomkantnoface é o futuro da esquerda.

Bem, de fato sabemos o que Fidel e Che fizeram com essa turma lá em Cuba: paredão ou campo de trabalho forçado. Ver uma figura patética como Jean Wyllys se inspirando no revolucionário machista homofóbico é realmente hilário. Quanto tempo o deputado aguentaria sob o rojão dos velhos comunistas?

Rodrigo Constantino

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