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Nota de falecimento: PT deixa, porém, seu filho PSOL e inúmeras viúvas por aí
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A coluna de Flavio Quintela hoje na Gazeta do Povo está bem criativa. Aproveitando o Dia de Finados desta semana, logo depois da acachapante derrota da esquerda nas urnas, ele redigiu uma “nota de falecimento” dessa peste, dessa praga que espalhou tanta desgraça por nosso país. Eis um trecho:

Faleceu neste domingo último o Partido dos Trabalhadores, vulgo PT, aos 36 anos de idade. A autópsia revelou a causa mortis: concussão eleitoral agravada por uma infecção parasitária generalizada. O falecido deixa um filho, Partido Socialismo e Liberdade, 12 anos de idade, e milhares de viúvas espalhadas pelos bairros nobres, redações, universidades e escolas do país.

Durante a autópsia, ao abrirem o crânio, os médicos encontraram evidências de uma malformação congênita que impede o desenvolvimento do cérebro e causa danos irreparáveis na criança. Não há ainda uma explicação de como o falecido conseguiu sobreviver até a idade adulta carregando essa condição, mas uma equipe de pesquisadores tenta no momento correlacionar esta anomalia ao local onde ele nasceu e viveu – eles esperam provar que em nenhum outro país do mundo alguém com uma condição dessas passaria do primeiro ano de vida.

[…]

Enquanto isso, milhares de viúvas choram inconsoláveis, principalmente depois de terem descoberto que o falecido deixou apenas dívidas, e que não haverá mais mesada para nenhuma delas. Curiosamente, consultórios de psiquiatria da zona sul do Rio de Janeiro apresentaram um aumento de 80% em número de pacientes. Houve também diversos atendimentos a suicidas feitos pela linha de emergência da polícia, muitos deles usando nomes de artistas brasileiros famosos. O delegado responsável não quis se pronunciar sobre o caso quando perguntado se os suicidas eram realmente artistas famosos ou se apenas usaram os nomes para ocultar sua identidade. Disse ele: “Não vou comentar sobre o caso, não vou confirmar para vocês que são artistas de verdade, porque minha mulher não vive sem novela. Entendam o que quiserem”.

O enterro está marcado para 1.º de janeiro de 2017, em local ainda a ser divulgado.

O humor é tudo. Mas talvez esteja cedo demais para celebrar. Como Mark Twain, que constatou que a notícia de sua morte era um tanto prematura, o PT ainda vive. Talvez não no próprio PT, mas por aí, espalhado em outros partidos, na mentalidade de parte do povo brasileiro, acostumada a sempre olhar para o estado como uma vaca leiteira, para o empreendedor como um explorador, para o lucro (dos outros) como um pecado.

O PT sofreu um golpe quase fatal, mas o petismo continua vivo. Mesmo os parasitas pendurados nas tetas estatais ainda estarão por aí em 2017. Muitos serão enxotados, é verdade. Mas tantos outros continuarão prejudicando o funcionamento do país, agarrados aos seus cargos com unhas e dentes. O aparelhamento foi muito grande, e leva tempo para reverter o quadro. Ainda há muita luta pela frente.

Não podemos relaxar. O maior segredo do diabo é fingir que não existe. A guerra está só começando. O PT perdeu importantes batalhas, o Brasil não virou a Venezuela, tivemos o impeachment, a Lava-Jato pode acabar prendendo Lula, e o povo rejeitou o projeto petista nas urnas. Mas essas coisas são cíclicas, e a conjuntura econômica teve muito a ver com essa situação.

Todo cuidado, portanto, é pouco. De minha parte, só vou relaxar no dia em que essa criatura abominável estiver bem enterrada a seis palmos do solo, num caixão lacrado, ou de preferência cremado até virar cinzas.

Rodrigo Constantino

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