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Nova pesquisa derruba estudo usado pela mídia desarmamentista: há mesmo mais ataques em massa nos EUA?
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Um dos argumentos mais utilizados pelos defensores do controle de armas é a afirmação de que os tiroteios públicos em massa não acontecem em outros países com a frequência que eles ocorrem nos Estados Unidos. A alegação foi repetida frequentemente durante a administração Obama, e continua a ser repetida pela grande mídia.

“A única coisa que sabemos é que temos um padrão agora de tiroteios em massa neste país que não tem paralelo em nenhum outro lugar do mundo”, afirmou o ex-presidente Barack Obama após o tiroteio em San Bernardino em dezembro de 2015.

Mas uma nova pesquisa desmistifica o estudo que os defensores do controle de armas costumam citar. Esse estudo, publicado pelo criminologista Adam Lankford, afirma que os EUA responderam por 31% de todos os tiroteios em massa entre 1966 e 2012, apesar de terem menos de 5% da população mundial.

John. R. Lott Jr., presidente do Centro de Pesquisa em Prevenção ao Crime, divulgou na semana passada um estudo abrangente desmentindo o mito de que os tiroteios em massa são um problema exclusivamente americano.

Ele descobriu que, em um período de 15 anos, de 1998 a 2012, os EUA respondiam por menos de 3% dos tiroteios públicos em massa do mundo e menos de 2% dos atiradores públicos em massa.

“Em nossa contagem, os EUA representam menos de 1,43% dos atiradores públicos em massa, 2,11% de seus assassinatos e 2,88% de seus ataques. Todos estes são muito menos do que a participação de 4,6% dos EUA na população mundial. Os ataques nos EUA não são apenas menos frequentes do que outros países, eles também são muito menos mortais em média”, constatou o estudo.

Um dos maiores problemas com o estudo de Lankford, o CPRC alega, é que Lankford nunca foi honesto sobre os dados que ele incluiu em seu estudo, distorcendo maciçamente seus resultados. Diz o estudo de Lott:

O estudo de Lankford relatou que de 1966 a 2012 havia 90 atiradores públicos de massa nos Estados Unidos e 202 no resto do mundo. Descobrimos que os dados de Lankford subestimam bastante os ataques estrangeiros. Nossa lista contém 1.448 ataques e pelo menos 3.081 atiradores fora dos Estados Unidos, apenas nos últimos 15 anos do período examinado por Lankford. Encontramos pelo menos quinze vezes mais atiradores públicos em massa do que Lankford, em menos de um terço do número de anos.

Mesmo quando usamos as opções de codificação que são mais caridosas para Lankford, sua estimativa de 31% da participação dos EUA em atiradores públicos em massa mundial é reduzida em mais de 95%.

De fato, Lott escreveu no New York Post: “Todo o episódio deve fornecer uma advertência sobre a negligência acadêmica e como a evidência é frequentemente escolhida a dedo e não questionada quando ela se encaixa em ideias preconcebidas”.

Ou seja, os “pesquisadores” fazem o velho truque do “cherry-picking”, sendo seletivos na busca por dados, justamente para confirmar suas teses, paridas pela ideologia, em vez de tentar refuta-las, como manda o bom método científico.

Ao ser desafiado por Lott, eis como Lankford respondeu: “Não estou interessado em pensar seriamente em John Lott ou em suas reivindicações”. Melhor simplesmente ignorar os dados, para que a ideologia possa sobreviver.

Rodrigo Constantino

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