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Números confirmam colapso (do socialismo) da Venezuela
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Em editorial de hoje, O GLOBO mostra alguns números que não mentem: a desgraça venezuelana é total. Mas, se números não mentem, a narrativa pode muito bem mentir, inverter nexo causal, ocultar o essencial etc. E, lamento dizer, é justamente o que faz o editorial do jornal, ao sequer mencionar a palavra socialismo, no epicentro da crise, e tentar concentrar a culpa toda em Maduro, o que inocentaria Chávez:

Desde que assumiu, em 2013, Maduro conduziu o país a um quadro de recessão; hiperinflação; escassez de produtos de primeira necessidade, inclusive remédios e alimentos; apagões e racionamento de energia e água; e altos índices de violência. Segundo o último Panorama Econômico Mundial, do FMI, o PIB do país caiu 18% em 2016 e deve recuar este ano 7,4%. Na mesma comparação, a inflação foi de 254,9% no ano passado e deverá alcançar 720,5%, este ano. A previsão de desemprego é de 25,3% para 2017, frente a 21,2% em 2016. Boa parte da população passa fome e está desnutrida. A taxa de mortalidade infantil subiu 30% em 2016, as mortes de gestantes saltaram 65%, e os casos de malária, 76%.

A crise venezuelana provoca um êxodo, com refugiados invadindo países vizinhos, como Brasil e Colômbia. Segundo o “Financial Times”, cerca de quatro mil cidadãos pediram asilo à Espanha em janeiro, superando as solicitações de refugiados sírios. Os venezuelanos também são a principal fonte de pedidos de asilo aos EUA, representando cerca de 23% do total. As empresas estrangeiras abandonaram o país, sendo o caso mais recente o da General Motors, depois que o governo desapropriou unidades da montadora. As reservas internacionais do país caíram de cerca de US$ 30 bilhões, quando Maduro assumiu, para US$ 10 bilhões. É este o resultado da mistura de desgoverno e autoritarismo.

Como fica claro, os dados são frios, objetivos. A destruição causada na Venezuela pelo socialismo, apesar das reservas de petróleo, sem embargo americano algum para levar a culpa, está bastante evidente. Mas nem todos querem fazer a associação necessária entre modelo socialista e resultados desastrosos (uma vez mais).

“Desde que assumiu, em 2013, Maduro conduziu o país a um quadro de recessão”, escreve o editorial, ignorando que o problema vem de antes, já com Hugo Chávez, com o bolivarianismo, com o “socialismo do século XXI”. Nós, liberais, cantamos a pedra, alertamos que o destino do país seria exatamente esse, mesmo quando muitos “especialistas” ainda elogiavam o foco do gorila socialista no “social”.

“É este o resultado da mistura de desgoverno e autoritarismo”, conclui o editorial. Não! É este o resultado inexorável do socialismo, do ataque ao livre mercado, ao capitalismo, da concentração de poder no estado, do coletivismo igualitário, do modelo que o PT tentou importar para o Brasil, que o casal Kirchner tentou levar para a Argentina, ambos com os mesmos sinais de catástrofe. Precisamos deixar bem claro quem são os responsáveis pelo caos.

Rodrigo Constantino

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