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O bode expiatório Joaquim Levy está prestes a ser sacrificado: qual será o discurso petista depois?
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O ministro Joaquim Levy está a um passo de abandonar o ministério da Fazenda, depois que a presidente Dilma resolveu enviar uma meta fiscal de zero para o Congresso:

A ideia é que o valor economizado pelo setor público para pagar juros da dívida pública (superávit primário) caia de R$ 43,8 bilhões, ou 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país), para R$ 30,58 bilhões, ou 0,5% do PIB. Para o governo federal, o número baixaria de R$ 34,4 bilhões, ou 0,55% do PIB, para R$ 24 bilhões, ou 0,4% do PIB. Além disso, foi colocado no texto um mecanismo que, na prática, pode fazer com que não seja poupado nenhum centavo para pagar juros em 2016.

Os principais aliados de Levy já estariam com as malas prontas, e o mercado acusa o golpe: o dólar disparou para quase R$ 4,00 novamente. Isso tudo é muito positivo para o país, não pelos motivos apresentados pelos esquerdistas, e sim pelo efeito pedagógico da coisa.

Os “opositores” do governo Dilma à esquerda criaram um bode expiatório para fugir da responsabilidade pelo caos que os próprios “desenvolvimentistas” causaram. Levy seria a “prova” de que Dilma traiu sua base de esquerda e deu uma guinada rumo à ortodoxia “neoliberal”. Uma palhaçada que só a turma da Unicamp, os “movimentos sociais” ligados ao governo e os “intelectuais” falsíssimos têm a cara de pau de dizer.

Dilma nunca deixou Levy no comando. Ele era apenas um símbolo, e por isso mesmo fui contra sua ida ao governo desde o começo. Uma vez mais, não foram poucos os empresários que se iludiram com a possível “mudança” de Dilma. Essa gente não entendeu nada ainda sobre a essência da presidente!

As cartadas econômicas continuaram sendo dadas pela presidente e pelos inflacionistas da Unicamp. Não houve “ajuste fiscal” algum. Levy queimou apenas o próprio filme, ao se tornar um garoto-propaganda da volta da CPMF, nada mais. E eis o resultado: o “superávit” fiscal primário será… nulo! E o déficit nominal continuará perto de 10% do PIB, o que vai quebrar o Brasil em pouco tempo.

A saída de Levy, portanto, já ocorre tardiamente. Demorou muito para se perceber que era tudo uma grande farsa, como todo o resto quando se trata do PT. Ele serviu apenas para dar tempo ao governo fracassado. Quanto antes a verdadeira face de Dilma for exposta para todo mundo, melhor. Somente assim a ficha vai cair para os 9% que ainda defendem o governo. Por enquanto, ainda há margem para a narrativa canalha da esquerda, que usa o bode expiatório para transferir a própria culpa a ombros alheios.

O bode está prestes a ser sacrificado. E depois não haverá mais como Belluzzo, Verissimo e companhia acusarem o inexistente “ajuste fiscal” dos “neoliberais” pela catástrofe econômica. Ela tem pai e mãe. Lula e Dilma, inspirados no “desenvolvimentismo” esquerdista. Que isso fique claro para todos logo de uma vez, pois só assim há chance de aprenderem a lição e evitarem uma “solução” à esquerda. Sai logo, Levy!

Rodrigo Constantino

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