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O cachorro do Belluzzo
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A tremenda cara de pau dos inflacionistas da Unicamp não para de me surpreender. Belluzzo, um dos ícones desses “desenvolvimentistas”, continua não só dando pitacos econômicos por aí, como bancando o profeta que previu a recessão que agora caminha para uma depressão. Isso mesmo! O assessor de Dilma que está por trás do modelo fracassado da “nova matriz macroeconômica” ainda quer posar de Cassandra!

Só o fato de alguém assim ser tratado como “especialista” pelos jornalistas já é um espanto. Mas na “palavra do especialista”, eis o que diz o Dr. Bellezza, para usar a alcunha dada por Alexandre Schwartsman ao “senhor das trevas”, que afundou e quebrou até o Palmeiras:

Há um aspecto a se destacar que é a queda na indústria, que teve um peso muito grande na queda do PIB. O que é muito grave, porque acentua uma tendência que já vinha ocorrendo mesmo nos anos em que a economia estava crescendo. A indústria já estava perdendo a força. Sem nenhuma arrogância nem pretensão de ter antecipado corretamente, uma pessoa de bom senso, olhando para o desempenho da economia no fim do ano passado, tomando conhecimento do tal do ajuste, saberia que ia acontecer o que aconteceu. Até o meu cachorro teria antecipado isso. Tem gente que diz que é um mal necessário. Fala isso porque não é ele que vai perder o emprego.

Se até o cachorro do Belluzzo teria antecipado isso, então o bicho é muito mais esperto do que o dono! Afinal, Belluzzo não só estava otimista com a gestão de Dilma, como dizia que um câmbio desvalorizado seria fantástico para a indústria e a economia. Ora, o dólar foi para quase R$ 4,00. Não é suficiente? O que deu errado? Ah, o “ajuste fiscal”. Mas qual mesmo? Tivemos, por acaso, corte drástico nas despesas públicas? Não.

Numa palavra: o que o cara de pau do Belluzzo queria era continuar com o veneno que causou a recessão que vira depressão agora. Queria mais gastos públicos ainda, mais crédito público ainda. Queria que Dilma continuasse com todo vapor na “nova matriz macroeconômica” que é a principal origem do problema. É ou não um espanto?

Diante de mais esse retumbante fracasso desenvolvimentista, o que faz um dos ícones do desenvolvimentismo inflacionista? Poderia simplesmente enfiar a cara na areia como um avestruz, postura de muito eleitor de Dilma. Mas faz pior. É mais ousado. É mais cara de pau ainda. Não tem vergonha na cara. E diz que “até seu cachorro” sabia que teríamos essa depressão, por culpa… do “ajuste fiscal neoliberal”. É mole ou quer mais?

Rodrigo Constantino

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